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Cenário - 19.7.18

FSB Inteligência

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Atualizado às 08:32

O último dia antes do início da temporada de convenções partidárias tende a revelar - com mais clareza ainda - em que pé estão as tentativas de alianças e a busca por apoios na corrida ao Planalto.

DEM, PSB e as siglas que integram o chamado 'Centrão' chegam a essa fase do processo como satélites: ditam o tom do noticiário e o ritmo das articulações de bastidores.

Não por acaso as pré-candidaturas de Ciro Gomes e Jair Bolsonaro estão superexpostas.

Ambos disputam uma espécie de gincana particular para seduzir novos e velhos amigos. Tanto Ciro como Bolsonaro querem bastante coisa: palanques mais resistentes, pontes regionais, um vice e mais tempo de TV e rádio.

A dinâmica imposta pela dupla (e/ou sua repercussão!) deve seguir acelerada até pelo menos mais duas semanas, quando as atenções forem redirecionadas ao PT e ao anúncio sobre quem será o candidato do partido em outubro.

Outro jogo

Não é só o Planalto

Sob a perspectiva dos partidos que se autodeclaram em dúvida ou em processo de escolha sobre quem apoiar na campanha para presidente da República, há bem mais em jogo do que, simplesmente, optar por um nome.

Algumas legendas analisam com bastante preocupação as metas eleitorais que precisam bater.

Na lista de prioridades internas estão 1) alcançar o patamar mínimo dos votos válidos, 2) ter representatividade em Estados-chave, 3) formar boas bancadas na Câmara e no Senado, 4) garantir o fundo partidário e 5) tempo de propaganda gratuita em 2019.

Estratégia

Questão de sobrevivência

Com os limites impostos pelas normas da cláusula de barreira, coligar-se com partidos que ofereçam capacidade de ampliar votos e capilaridade regional é parte fundamental do cálculo de sobrevivência.

Nesses arranjos, as candidaturas tidas como "puras" devem perder fôlego devido às dificuldades que duas variáveis combinadas podem produzir: o isolamento em relação às coligações e a baixa representatividade nos Estados.

Centrão

Unidade x voo solo

O eventual apoio em bloco do chamado 'Centrão' a um candidato ao Planalto dará aos partidos que o integram um ativo político que ultrapassa o processo eleitoral de outubro.

As lideranças mais engajadas sabem disso e não por outra razão correrão em busca de consenso para lapidar o quanto antes a imagem perfeita de um vice ideal.

Indústria

Confiança e conjuntura

A semana é uma das mais concorridas do mês no que se refere a divulgações de dados macroeconômicos direta ou indiretamente ligados à produção.

A Fundação Getúlio Vargas soltará hoje indicadores com foco na confiança do empresário industrial.

A perspectiva pessimista prevalece entre as projeções de mercado antecipadas ontem.

América Latina

O parlamento colombiano

Os novos membros do Congresso da Colômbia tomam posse hoje.

Pela primeira vez, o Legislativo do país abrigará integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Agenda

Microeconomia - O Banco Central divulga hoje a pesquisa "O brasileiro e sua relação com o dinheiro".

EUA - O governo americano deve apresentar hoje novos dados sobre as crianças imigrantes que foram separadas dos pais ao tentarem entrar ilegalmente no país.

Nos jornais

Bolsonaro 1 - O pré-candidato do PSL ao Planalto, deputado Jair Bolsonaro (RJ), já se prepara para uma campanha solo após tentativas frustradas de alianças partidárias. Caso não consiga romper o isolamento, Bolsonaro vai dispor de apenas oito segundos no rádio e na TV. (manchete O Estado de S. Paulo)

Bolsonaro 2 - Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, empresários não temem eventual vitória de Bolsonaro na eleição presidencial. (manchete Folha de S.Paulo)

Bolsonaro 3 - O general reformado Augusto Heleno (PRP) afirmou que não será vice de Jair Bolsonaro. Os nomes mais cotados para vice são o presidente licenciado do PSL, Luciano Bivar, e a advogada Janaina Paschoal. (todos os veículos)

Alckmin - A Executiva Nacional do PTB aprovou ontem, por unanimidade, a indicação de apoio ao pré-candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin, nas eleições 2018. (O Estado de S. Paulo, Valor Econômico e O Globo)

Lula 1 - A ministra Rosa Weber, à frente do TSE durante o recesso forense, negou um pedido de integrantes do MBL para declarar o ex-presidente Lula inelegível desde já. Segundo a ministra, o petista não é oficialmente candidato. (Folha de S.Paulo, Valor Econômico e O Globo)

Lula 2 - Em artigo, o ex-presidente Lula se diz inocente e ressalta sua candidatura à presidência da República. "Eu sou candidato porque não cometi nenhum crime". "Querem me derrotar? Façam isso nas urnas". (Folha de S.Paulo)

Centrão - Os partidos do Centrão, grupo formado por DEM, PP, PRB e Solidariedade, receberam a adesão oficial do PR e decidiram ontem à noite fechar aliança em bloco com uma chapa presidencial nas eleições 2018. Esse apoio passa pela indicação do empresário Josué Gomes como candidato a vice-presidente. (Valor Econômico e O Estado de S. Paulo)

TRF-4 - A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª região, que julga os processos da Lava Jato na segunda instância, condenou a jornalista Cláudia Cruz, esposa do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, a dois anos e seis meses de prisão por manutenção de valores no exterior. (todos os veículos)

Eletrobrás - O desembargador Federal André Fontes, do TRF da 2ª região, suspendeu a liminar que impedia o leilão de seis distribuidoras de energia elétrica da Eletrobrás. (Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo)

IPCA-E - A Justiça do Trabalho adotará a série especial do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) como índice de correção dos valores decorrentes de condenações em processos trabalhistas. Hoje, o indexador previsto é a Taxa Referencial de Juros, usada, por exemplo, para corrigir os saldos do FGTS. (manchete Valor Econômico)

Dólar - A incerteza em relação à eleição presidencial, além do cenário externo turbulento com China e Estados Unidos travando uma guerra comercial, tem levado empresas brasileiras a buscarem proteção contra as oscilações bruscas do dólar. De janeiro até agora, a procura pelos chamados contratos de swap cambial quase triplicou. (manchete O Globo)

Google - A União Europeia anunciou ontem uma multa recorde à Google. A Comissão Europeia, braço Executivo do bloco econômico, acusa a firma de abusar da posição dominante no mercado de celulares. A multa, de ? 4,3 bilhões, equivale a R$ 19 bilhões. (todos os veículos)