Cobrança indevida 22/8/2016 Milton Córdova Júnior "Por mais incrível que possa parecer, o responsável por essas ações são, justamente, as operadoras de telefonia - seja por negligência, seja por omissão, seja por deliberada estratégia (para vencer os consumidores 'no cansaço'). Darei um exemplo simples, que certamente aflige 'milhões' de consumidores das empresas de telefonia (Migalhas 3.931 - 22/8/16 - "Perda de tempo livre" - clique aqui). Há mais de três anos recebo insistentemente ligações da empresa GVT, ou de seus escritórios de cobrança, relativo a uma cobrança de uma suposta 'pendência financeira'. A coisa funciona mais ou menos assim: de tempos em tempos recebemos 'milhares' de telefonemas em todos os telefones possíveis: celulares, telefone de casa, etc. Durante três ou quatro dias (as vezes mais) transformam a vida das pessoas num verdadeiro inferno. Não tem limites: telefonam em sequência, às vezes com intervalos de poucos minutos (ou segundos) e até em horários e dias inconvenientes. Em seguida parece que eles se esquecem da vítima, digo, do consumidor e as ligações cessam 'como por encanto'. Quando o assunto já está (em tese) esquecido, repentinamente a coisa recomeça. Importante: de nada adianta você informar, prestar as informações pertinentes ao caso, pois (segundo as gentis funcionárias, que não tem culpa pelo caos patrocinado por suas empresas), o 'sistema' não permite que elas façam as observações do cliente (a culpa é sempre do 'sistema'). No meu caso - apenas a título de ilustração da magnitude e seriedade do problema - informei, por diversas vezes, que na condição de advogado nada me impediria de 'ganhar um dinheiro tão fácil' em ação contra a empresa, por danos morais, etc., mas que me recusava a me prestar a esse papel - e as ligações cessam 'instantaneamente'. Depois de um tempo recomeçam, sendo evidente que as funcionárias 'da vez' desconhecem todos os contatos anteriores, nos quais foram prestadas as mesma informações. Talvez seja a hora do Judiciário endurecer as medidas tomadas contras as operadoras, elevando os valores das condenações, pois até agora tem sido vantajoso, para eles, essa conduta tão abusiva." Envie sua Migalha