Greve dos bancários

27/9/2016
Fernando Paulo da Silva Filho

"Recentemente levantei junto aos nossos órgãos representativos o quão 'burrocrático' e trabalhoso é o levantamento de depósitos através de alvará emitidos pelas varas, especialmente do Trabalho, para saque junta à instituição financeira. Se pega o alvará, vai-se a instituição. Lá conferem até o nó da gravata do solicitante. Quarenta ou mais minutos depois mandam voltar em cinco dias para nova fila de caixa para saque! Agora temos o processo eletrônico que era uma esperança de celeridade e automatização. Ledo engano posto que, emitido o alvará com assinatura eletrônica do juiz, a orientação é de que o advogado acesse, imprima e volte para a 'burrocracia' acima. Parece-nos ser o caso de gestão dos nossos órgãos representativos para reduzir esse ciclo já que, sendo o alvará eletrônico e assim assinado, poderia se estabelecer algum tipo de convênio de forma que o alvará emitido fosse também eletronicamente enviado para a instituição financeira e, ato contínuo, fosse o advogado informado pela vara desse envio, de forma que bastaria um comparecimento do advogado na instituição que, consultando o sistema eletrônico já no caixa, efetuaria o pagamento reduzindo-se fortemente a burocracia existente no alvará físico e agora adotado no alvará eletrônico. Já não basta a árdua tarefa judicial, ainda temos que lidar com essa desnecessária burocracia administrativa com a tecnologia passível de atuar a favor de todos os envolvidos no processo. Enquanto isso não ocorre, seria bem útil que nossos órgãos representativos mantivessem em suas dependências postos conveniados com as instituições financeiras para atendimento exclusivo dos advogados no exercício de tais levantamentos, especialmente em tempos de movimentos paredistas de bancários."

Envie sua Migalha