Decifra$

4/4/2017
George Marum Ferreira

"Em que pese opiniões abalizadas em contrário, a saída parece, sim, uma nova Constituição, nascida de um poder constituinte originário e exclusivo, cujos integrantes sejam proibidos, depois de promulgada a nova Carta, de ocuparem cargos políticos, inclusive eletivos, nos próximos 10 anos (Decifra$ - 4/4/17 - clique aqui). Infelizmente a Constituição de 1988 já deu o que tinha que dar. Foi um avanço em termos de democratização, mas um retrocesso no que diz respeito à gestão pública, à organização dos poderes, ao pacto federativo e à definição de uma ordem econômica realmente fundada na valorização do trabalho, da livre iniciativa e da cidadania. É difícil negar que, sob a égide da atual Constituição do Estado, mais que em outras épocas, foi tomado por castas e corpo de interesses que macularam o fim republicano que deveria perseguir. Há privilégios em todos os setores das atividades estatais, os quais são custeados pela sociedade que paga alto preço por um sistema ineficiente, burocrático e apegado a princípios que, em tese, revelam-se valorosos mas que, na prática, serviram a interesses de corpo. Para romper com tudo isso só uma nova Constituição. Afinal, a Constituição vigente tem, como uma de suas características, a transitoriedade."

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