Artigo - A Síndrome de Patrão

4/5/2017
George Marum Ferreira

"Com todo o respeito considero a posição da douta articulista um pouco conservadora (Migalhas de peso - 4/5/17 - clique aqui). Nem todo empregador é, necessariamente, um vil sugador das energias do trabalhador e nem todo empregado pode ser visto, pela simples condição de hipossuficiente, como uma vítima da exploração da mão de obra. Há novas formas de convivência, por que não dizer parceria, entre capital e trabalho. Os trabalhadores não podem ser vistos como um todo coletivizado que partilham o mesmo interesse e a mesma consciência, da mesma forma que o capital não pode ser visualizado como um devorador das consciências operárias. Posso até estar errado, mas o artigo dá a impressão de existir genericamente um corte sociológico entre empregadores e empregados que motiva diferentes ideologias. É verdade que, muitas vezes, na história, patrões e empregados se posicionaram em polos antagônicos. Mas isso nem sempre foi verdadeiro, tanto mais na atual realidade na qual, em muitas atividades, os trabalhadores assumem papel de verdadeiros parceiros da empresa, auferindo ganhos objetivos com isso. O Direito do Trabalho não pode ser visto como uma construção estanque, imutável e perene. A única certeza que se tem na vida é a mudança, inclusive, e sobretudo, dos paradigmas jurídicos e sociológicos."

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