Previdencialhas

10/7/2017
George Marum Ferreira

"Conferir proteção prioritária para pessoa com mais de 21 anos de idade parece-me um exagero paternalista, próprio de uma sociedade onde os jovens não conseguem lidar com suas frustrações sem vivenciarem problemas existenciais (Previdencialhas - 10/7/17 - clique aqui). É um flagrante contrassenso! Uma pessoa com 18 anos de idade, no meu entendimento, embora jovem, já reúne condições de lidar com a dura realidade que vivemos, onde, como bem diz o articulista, os recursos são escassos e não se faz mágica com o dinheiro, como acreditam alguns expoentes da esquerda antiquada que desprezam os preceitos da ciência econômica que preconizam o equilíbrio fiscal do orçamento público. A Constituição Federal convoca o jovem, já a partir dos 14 anos, a assumir, gradativamente, a construção de sua cidadania. Tratar um jovem com mais de 18 anos, ou 21 que seja, como um cidadão pleno, dotado de autonomia, não significa negar-lhe oportunidades de estudo, qualificação profissional e emprego, mas sim conscientizá-lo da sua condição de cidadão, a qual pressupõe direitos e deveres sociais. A melhor proteção que se pode dar ao jovem é educá-lo para a vida e o trabalho, inculcando-lhe um caráter sólido calcado em valores éticos. Também faz parte da proteção social do jovem, como também de todo cidadão, garantir-lhe, para o futuro, uma previdência capaz de proporcionar-lhe uma inatividade relativamente segura e amparo em caso de infortúnio. Para isso, é necessário tratar todos os trabalhadores com igualdade, abolindo privilégios injustificáveis. A lei, como se vê, nem sempre é dotada de racionalidade e bom senso."

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