Embriaguez ao volante

7/12/2017
Aurélio França

"Ainda me questiono se um 'atirador de facas' (aquele dos exemplos tradicionais dos livros de direitos), antes de uma apresentação, ingerisse bebida alcoólica por livre e espontânea vontade e, logo em seguida, partisse para uma apresentação no circo (Migalhas 4.250 - 7/12/17 - "Embriaguez ao volante" - clique aqui)! Sob os efeitos do álcool, e com a capacidade de autodeterminação reduzida, com reflexos prejudicados, acertou fatalmente a assistente de palco! Dolo eventual ou culpa consciente? Qual a habilidade que lhe garantia a certeza de que, ao atirar facas sob o efeito do álcool, não produziria o resultado danoso? O mesmo raciocínio se aplica ao motorista que dirige sob os efeitos dessa droga. Apesar de 'não desejar o resultado danoso', não possui qualquer habilidade que garanta o mínimo de segurança para pedestres e motoristas que podem cruzar o seu caminho! Lamentável que a racionalidade pós-iluminista ainda sirva de fundamento para a irracionalidade dos que dirigem sob o efeito do álcool!"

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