Artigo - A política condena ou absolve a política

29/12/2017
Rivadavia Rosa

"Aí a sociedade tem o 'nó': como preservar e manter a democracia, evitar a violação dos direitos e garantias individuais [fundamentais], coibir os abusos e a arbitrariedade, o autoritarismo e seu viés totalitário, contrapor-se a tentativas de imposição de ideologias únicas [pensamento único] pelo partidos afinidades com a dominação mundial; ainda, resistir à ação demagógica e populista, a fraude à vontade popular [soberania popular], a falta de amparo judicial, a malversação e o desperdício de recursos públicos, à ineficiência, a corrupção [mega], aos bandos criminosos [crime organizado], à concentração e o abuso de poder (Migalhas de peso - 29/12/17 - clique aqui)? O fato é que estamos diante de partidos políticos, grupos e facções políticas de viés antidemocrático cujas características são comuns às de organizações criminosas, o que permite apoio mútuo e em muitos casos associações e parcerias de 'sucesso'. O mesmo acontece com as estruturas informais para receber fundos pelo próprio sistema que geram e compartilham espaços marginais, como por exemplo: as mesmas redes de lavagem e legalização de dinheiro, os mesmos assessores legais, os mesmos especialistas financeiros e, em muitos casos, os mesmos aparatos logísticos da clandestinidade que são utilizados no mercado do crime – nas grandes 'redes' de narcotraficantes, contrabandistas de armas. Aí se insere cinicamente - o 'revolucionário' ou melhor pseudo revolucionário age conscientemente não para construir, melhorar ou aperfeiçoar o mundo, mas para destruí-lo, acreditando que o sucesso nesse desiderato insensato, o absolve dos crimes ao fundar uma nova realidade. Suma: só a aplicação da lei penal, a nível de 'tolerância zero' pode minimizar as ações da política organizada, digo, crime organizado."

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