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Novela em Migalhas - uma adaptação do romance "Casa de Pensão"

Acompanhamos, nos últimos dias, a primeira "Novela em Migalhas". É bem o momento de contarmos a fonte de nossa trama. Trouxemos aos migalheiros uma adaptação do romance "Casa de Pensão", de autoria do expoente do realismo brasileiro Aluísio Azevedo.

Da Redação

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Atualizado em 31 de maio de 2011 11:58

Novela em Migalhas - uma adaptação do romance "Casa de Pensão"

O enredo que entreteve os migalheiros nas últimas semanas foi baseado em obra de Aluísio Azevedo

Acompanhamos, nos últimos dias, a primeira novela em Migalhas. Trouxemos aos queridos migalheiros uma narrativa produzida a partir de excertos selecionados do romance "Casa de Pensão", de autoria do expoente do realismo brasileiro Aluísio Azevedo.

A história de Amâncio de Vasconcellos, jovem estudante de Medicina, e seu romance com Amelinha, foi publicada originalmente sob a forma de folhetim, em 1883, no rodapé do jornal carioca A Folha Nova, tendo saído em livro no ano de 1884.

Aluísio Azevedo também teve "uma vida de romance", nas palavras escolhidas pelo jornalista Raimundo de Menezes para biografá-lo, pois dentre outros fatos, viu que seus genitores desafiaram os tradicionais costumes da província para se unirem sem matrimônio, já que sua mãe, Emília Amália, fora casada em primeiras núpcias com um rude comerciante a quem abandonou. Essa situação fez a família sofrer na pele as agruras do preconceito e da hipocrisia, sem poder tomar parte na vida social de São Luís.

Se a história de vida de Aluísio teria lhe aguçado o espírito para a crítica social mordaz, acresça-se a isso a escola literária em voga na época, o realismo, que em uma de suas vertentes, o naturalismo, pautou-se por expor os problemas sociais e as relações interpessoais de maneira nua e crua, na tentativa de diagnosticá-las a partir de teorias científicas, por meio de escrita que lembrasse o jornalismo.

Aluísio foi um grande leitor do naturalista francês Émile Zola, a quem almejava equiparar-se, e um grande admirador de Eça de Queirós, principalmente pelas obras "O Primo Basílio" e "O Crime do Padre Amaro". Assim, fazia parte do seu modus operandi observar a realidade para escrever ficção. É sabido que Aluísio chegava a se disfarçar de estivador, de outros homens do povo para ouvi-los falar, conhecer seus modos, seus costumes e suas reações. É sob esse credo que vai inspirar-se em um caso real - Questão Capistrano, que dominou os jornais e a opinião pública por longo tempo, nos anos 1876-1877, para escrever Casa de Pensão.

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