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Abolição da Esgravatura

Para antigo aluno das Arcadas, terno marcava positivamente seriedade da missão dos futuros advogados

Veja mais sobre o fim da "esgravatura" sob o ponto de vista de um migalheiro que esteve presente.

Da Redação

sexta-feira, 9 de março de 2012

Atualizado às 08:44

A matéria acerca do fim do "esgravatura" publicada ontem, 8, trouxe saudosas recordações ao advogado e migalheiro Marco Antonio Aparecido de Lima, do escritório Lima Advogados Associados - Assessoria e Consultoria Jurídica.

O antigo aluno das Arcadas conta que, então estudante, aderiu prontamente à rebeldia de pescoço livre. Para ele, decisões imediatistas são, definitivamente, coisa de juventude. Veja como o causídico nos narra esta história:

"Prezados amigos do Migalhas,

Parabéns pelo belo artigo preparado pela redação do Migalhas com o título "Abolição da 'esgravatura' era decretada há 40 anos", que me trouxe boas recordações. Para seus registros, se ainda os senhores não têm, segue anexada a esta mensagem matéria publicada na ocasião pela Revista Veja (edição nº 184, de 15 de março de 1972) que revela detalhes do ambiente nas Arcadas no dia seguinte ao fim da "esgravatura". Na oportunidade, eu era aluno do segundo ano da nossa velha sempre nova Academia e o jornalista registrou o meu rápido depoimento quando eu, trajando uma vistosa camisa amarela, "pontificava" do alto dos meus 20 anos, que assistir aulas sem gravata e terno provocava "uma sensação de liberdade para o corpo e para o espírito". Confesso que logo me arrependi do depoimento, resultado de provável rompante juvenil inconsequente, pois o terno e gravata marcavam positivamente a seriedade da nossa missão social como futuros advogados formados no Largo de São Francisco, além de a referida indumentária ser a única compatível com a verdadeira solenidade que era assistir às aulas de mestres como Goffredo da Silva Telles Júnior e Washington de Barros Monteiro. Tanto que logo retomei o hábito do paletó e gravata. Infelizmente, depois da queda da gravata, a nossa velha faculdade perdeu parte do seu encanto e austeridade. E ao contrário do sentimento juvenil passageiro, hoje tenho orgulho de contar aos nossos estagiários que boa parte da faculdade cursei trajando terno e gravata, não sem antes lançar um olhar de reprovação para o surrado jeans que alguns deles insistem em usar.

Abraços

Marco Antonio Aparecido de Lima
Lima & Advogados Associados Assessoria e Consultoria Jurídica."

Clique na imagem para ler matéria publicada na edição 184 da revista Veja, de 15 de março de 1972, que traz detalhes e o depoimento de Lima na época.

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