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OAB/SP vai acompanhar caso de racismo

A Conad da OAB/SP

Da Redação

sexta-feira, 15 de abril de 2005

Atualizado em 14 de abril de 2005 14:18

 

Racismo

 

OAB/SP vai acompanhar caso de racismo

 

A Conad - Comissão do Negro e Assuntos Antidiscriminatórios da OAB/SP vai acompanhar o caso envolvendo o jogador argentino Leandro Desabato, que teria chamado o jogador são-paulino, Grafite, de "negro", "negrinho" e outras ofensas, durante partida realizada no dia 13/4 no estádio do Morumbi, em SP. Desabato foi preso em flagrante por crime de racismo e já passou por exame de corpo de delito.

 

No entender do presidente da Comissão do Negro, Marco Antonio Zito Alvarenga, o esporte mundial vem sendo atingido por uma onda de racismo. "Registramos inúmeros casos de profissionais que atuam fora do País e, agora, até dentro de nossas fronteiras o racismo é evidenciado", diz Zito Alvarenga, que está acompanhando o caso no 34 DP da Vila Sônia.

 

Para Zito, as ofensas foram qualificadas como crime de racismo, inafiançável e imprescritível pela Constituição Brasileira. Por isso não depende da vítima para transitar, uma vez que o titular da ação penal é o Ministério Público. "A liberação do jogador argentino só se dará com autorização de um juiz de Direito", diz Zito, lembrando que os advogados do jogador já entraram com pedido de hábeas corpus. Para o presidente a Comissão do Negro, o Quilmes, clube do jogador, também pode ser acionado através de ação civil por dano, uma vez que seu empregado praticou ofensa grave de ampla repercussão. "Na Europa, os clubes têm sido penalizados com multas pesadas e perda do mando de jogo, mas o racismo é expressado, principalmente, pela torcida", avalia Zito.

 

De acordo com o presidente da Seccional Paulista, Luiz Flávio Borges D'Urso, a Ordem será apenas observadora do caso. "A Ordem já firmou posição institucional contra o racismo. Precisamos conscientizar as vítimas de seus direitos constitucionais e reforçar que a intolerância deve ser tratada na forma da lei, sem contemporizações", afirma D'Urso. Para Zito Alvarenga, está na hora " de todas as culturas reconheçam a contribuição do povo negro para a construção de um mundo mais justo".

 

 

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