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Jovem é condenado a 19 anos por estrangular e queimar estudante de Direito em Limeira/SP

Da Redação

quarta-feira, 19 de março de 2008

Atualizado às 09:25


Condenado

Rapaz pega 19 anos por estrangular e queimar estudante de Direito

Foi condenado a 19 anos de prisão Jonatas Zanetti, de 21 anos, acusado de matar a estudante de Direito Flávia Tetzner, de 23 anos, em Limeira, a 147 quilômetros da capital, no ano de 2005.

O Júri Popular que condenou o jovem durou sete horas e meia e apontou que ele deve cumprir a pena em regime fechado. A vítima foi estrangulada e o corpo levado para um canavial em Iracemápolis, onde foi queimado com 20 litros de gasolina.

Os promotores do caso não quiseram gravar entrevistas, mas pediram a condenação por homicídio triplamente qualificado, aquele em que há crueldade, sem chances de defesa e motivo fútil. O rapaz foi julgado por homicídio qualificado. O crime aconteceu após uma discussão. A defesa nega as afirmações da Promotoria.

"Ele nega ter participado do homicídio e admite, em tese, ter participado da ocultação do cadáver", disse o advogado de defesa Darwin Giotto, que adiantou que vai recorrer da decisão.

Está previsto para hoje o julgamento de outro acusado pelo crime, Rafael Lafaiete, de 23 anos.

Entenda o caso

Uma discussão banal motivou o assassinato da estudante Flávia Maria Tetzner, de 23 anos, segundo a polícia. Ela foi enforcada e incendiada após balada com dois amigos.

Revelações feitas por Jonatas Henrique Zanetti, mostram que o outro acusado, Rafael Lafaiete Garcia, 21, bateu boca com a moça e disse ao amigo: "Vou matar essa menina". No banco de trás do Vectra de Jonatas, a moça - que estava alcoolizada, segundo o suspeito - se exaltou e respondeu: "Então, mata". Então Rafael saltou no pescoço da estudante e a estrangulou até a morte.

Jonatas contou que, inicialmente, ele e a jovem discutiram depois que a moça disse que ele estava "muito quieto". Rafael tomou as dores do amigo, começou a gritar com Flávia e a agrediu.

Após enforcar a moça, os dois seguiram para um posto de gasolina da família de Jonatas, localizado no anel viário de Limeira. Foi lá, segundo o delegado Bernardi, que Jonatas pegou gasolina e colocou num galão. Jonatas disse que teve medo do amigo, que o ameaçou para que a história não fosse revelada. "Temos que dar um fim no corpo", teria dito.

Segundo Jonatas, enquanto pegava a gasolina, Rafael ficou deitado com o corpo de Flávia no banco de trás, como se estivessem dormindo abraçados. Depois seguiram para uma estrada vicinal de Iracemápolis. Lá, teriam jogado o corpo, despejado gasolina e ateado fogo.

A noite dos jovens teria começado num posto de conveniência da cidade. Rafael, Jonatas, Flávia e outros dois amigos ainda não identificados chegaram no posto às 23h. Por volta da 1h30, os dois amigos deixaram a moça em casa. A estudante teria então ligado para o celular de Rafael para que os três continuassem a curtir a noite. O pai dela, Flávio Tetzner, 60, viu quando a estudante saiu de casa e embarcou no Vectra de Jonatas. Foi a última vez que ela foi vista pela família.

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Fonte: Eptv - 19/3/08 e Diário de S.Paulo - 18/08/05
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