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Recepção de calouros de direito da USP simula júri do caso Isabella

O curso de direito da Universidade de São Paulo, campus de Ribeirão Preto, recebeu seus calouros com a simulação de um júri popular. Os universitários foram convidados a participar do desfecho do caso ´Isabella Nardoni´.

Da Redação

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Atualizado às 08:49


Calourada

Recepção de calouros de direito da USP simula júri do caso Isabella

O curso de direito da Universidade de São Paulo, campus de Ribeirão Preto, recebeu seus calouros com a simulação de um júri popular. Os universitários foram convidados a participar do desfecho do caso 'Isabella Nardoni'.

  • Confira abaixo a matéria "Recepção de calouros de direito da USP simula júri do caso Isabella" do portal online Uol.

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Recepção de calouros de direito da USP simula júri do caso Isabella

Os calouros do curso de direito da USP (Universidade de São Paulo), em Ribeirão Preto, tiveram de enfrentar na primeira semana de aulas um júri popular. Os ingressantes foram convidados, nesta quinta-feira (19), a participar do desfecho do caso da menina Isabella Nardoni, morta em março do ano passado - é, claro, não do júri real, mas de uma simulação com todos os elementos e ritos.

A coordenação do evento ficou nas mãos do professor de direito romano e de história do direito, Alessandro Hirata. O docente presidiu a comissão que recebeu os ingressantes de 2009."Escolhemos este caso, porque ele foi o que teve maior repercussão no ano passado. Todo mundo já tem alguma opinião sobre o assunto. E como não havia testemunhas, o caso se baseia principalmente na argumentação jurídica", afirma Hirata.

Se você pensa que foi só um teatrinho, está muito enganado. Segundo o professor, a única simplificação foi a diminuição do tempo: "O júri real terá quatro ou cinco dias de duração. E não seria possível fazermos isso na recepção dos calouros", diz.

Simulação ou realidade?

Atuou como magistrado do caso Ricardo Braga Monte Serrat, juiz de direito da 1ª Vara da Família e Sucessões de Ribeirão Preto. Para tornar mais realista, foram utilizadas as tradicionais togas, as posições e composições no tribunal foram respeitadas e até a taquígrafa oficial compareceu.

"Queríamos atingir o maior grau de realidade possível. O intuito é didático, então, um teatro qualquer fugiria da nossa missão", diz o professor.

O casal Ana Carolina Jatobá, madrasta de Isabella, e Alexandre Nardoni, pai da menina, foi representado por dois alunos do segundo ano de direito.

Como promotor, atuou o professor Víctor Gabriel de Oliveira Rodríguez, da área de direito penal, e como advogado de defesa, Cesar Augusto Moreira, advogado e professor da Escola Superior de Advocacia.

O espaço escolhido para o júri foi a Sala de Concertos da Tulha, do Departamento de Música de Ribeirão Preto. Segundo Hirata, não houve problemas para adaptar a estrutura.

Com todos os elementos de caracterização preservados, não podia faltar o voto dos jurados, que decidiram encerrar o caso condenando, por maioria, o casal a cumprir pena por homicídio doloso.

"Este é um caso difícil para a defesa, pois com todas as informações veiculadas pela imprensa, forma-se um conceito geral de condenação. A estratégia da defesa foi tentar desqualificar o crime e transformá-lo em um acidente. Mas ela não teve sucesso", diz Hirata.

Jornalista : Simone Harnik
Em São Paulo

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Fonte : Uol

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Confira abaixo as fotos da recepção :

Fonte : Divulgação USP/Ribeirão

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