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CPI das Escutas reconvoca Daniel Dantas e o juiz Fausto de Sanctis

A CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas aprovou ontem, 26/3, a reconvocação para depor do banqueiro Daniel Dantas e do juiz Fausto de Sanctis, responsável pelas prisões e indiciamentos da Operação Satiagraha.

Da Redação

sexta-feira, 27 de março de 2009

Atualizado às 08:43


Operação Satiagraha

CPI das Escutas reconvoca Daniel Dantas e o juiz Fausto de Sanctis

A CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas aprovou ontem, 26/3, a reconvocação para depor do banqueiro Daniel Dantas e do juiz Fausto de Sanctis, responsável pelas prisões e indiciamentos da Operação Satiagraha.

O novo depoimento de Dantas à CPI foi um dos dez aprovados na reunião. De acordo com o deputado Raul Jungmann - PPS/PE, o banqueiro tem de explicar seu envolvimento em escutas ilegais. Jungmann afirmou que é possível que, quando ocorrer o depoimento, já tenham sido decodificadas informações encontradas na casa do banqueiro, que foram enviadas aos Estados Unidos para sua abertura. Ele acredita que elas poderão trazer novos elementos à investigação.

Já a reconvocação de Fausto de Sanctis foi pedida por Jungmann e por Pompeo de Matos - PDT/RS. Jungmann explicou que, apesar de todos os esforços dos integrantes da comissão, o juiz se nega a enviar à comissão documentos que embasaram o indiciamento de Dantas. O deputado afirmou que também é preciso apurar se, como teria afirmado o delegado da PF Protógenes Queiroz, de Sanctis tinha conhecimento de que mais de 80 agentes da Abin participaram de forma irregular da investigação.

Audiência

Ontem, 26/3, a comissão também realizou audiência pública, para ouvir o 3º sargento do Centro de Inteligência do Comando da Aeronáutica Idalberto Martins de Araújo. O militar, que depôs sem prestar compromisso porque tinha um habeas corpus concedido pelo STF, negou que tenha participado da Operação Satiagraha.

Araújo afirmou que Protógenes Queiroz, responsável pela operação e seu amigo, pediu que ele lhe indicasse um analista de inteligência aposentado para ajudá-lo nas investigações. Como ele também é amigo de Francisco Ambrósio, funcionário aposentado da Abin, teria apresentado os dois.

Mesmo informado pelo presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba - PMDB/RJ de que, em depoimento espontâneo ao Ministério Público Federal, Protógenes teria dito que Araújo participou da operação, o sargento manteve suas afirmações. Raul Jungmann propôs que os dois sejam acareados, se possível no próximo dia 1/4, quando o delegado será novamente ouvido pela comissão.

Itagiba questionou Araújo sobre uma operação de busca e apreensão em sua casa, que resultou na apreensão de 18 CDs contendo informações sobre as operações Furacão e Navalha, da Polícia Federal. Araújo afirmou que o habeas corpus se devia justamente às investigações que haviam levado àquela apreensão. Ele afirmou que não poderia falar sobre o assunto porque não sabe o grau de proteção das informações contidas naquele material.

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