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OAB/SP descarta que vazamento tenha ocorrido dentro da entidade

Da Redação

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Atualizado às 09:15


OAB/SP

O vazamento não ocorreu dentro da entidade

"Já temos elementos para afirmar de forma categórica que o vazamento não ocorreu dentro da OAB/SP", afirmou o presidente da Ordem, Luiz Flávio Borges D'Urso, depois de entregar pessoalmente, ontem, às 17h, ao superintendente regional da Polícia Federal, Jaber Saadi, complemento das questões repassadas pelo promotor de São Sebastião da Grama, Ernani de Menezes Vilhena Junior, ao procurador geral de Justiça, Rodrigo Pinho que, por sua vez, as encaminho do presidente da Ordem, desencadeando a suspensão da prova do Exame de Ordem 134, ao ser constatado o vazamento.

"Este é um elemento fundamental para a investigação, as cópias das duas páginas com perguntas do número 19 a 30 está impressa no formato gráfico oficial. Portanto, o vazamento se deu no momento da produção e não na OAB/SP, que seleciona as questões a partir de um banco de perguntas e entrega à Vunesp, responsável pela formatação gráfica, reprodução, condicionamento em envelopes lacrados, guarda e distribuição das provas aos 28 locais de aplicação do Exame. Agora caberá à investigação da PF apurar onde aconteceu e quem foi o autor do vazamento", comentou D'Urso. Ele também disse desconhecer detalhes da logística adotada pela Fundação.

O presidente da OAB SP esclareceu que quando as perguntas chegaram no sábado por e-mail, elas tinham sido digitadas pelo promotor, mas que só ontem recebeu do MPF o elemento probatório da prova física - a prova impressa, que o promotor de São Sebastião da Grama teria recebido de um professor de cursinho ou de uma aluna.

O superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Jaber Saadi, afirmou que o inquérito solicitado no dia 10/12 pela OAB/SP já foi instaurado e que será presidido pelo delegado Pellegrini. "Espero antes do final do ano uma solução para este inquérito". Saadi ponderou que tem convicção de que há uma quadrilha atuando neste segmento de concursos públicos. "Certamente nenhuma hipótese está descartadas. Todas as possibilidades vão ser investigadas", garantiu.

A Sindicância interna da OAB/SP, presidida pela vice-presidente, Márcia Regina Machado Melaré, também está trabalhando e já ouviu o presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem, Braz Martins Neto, único responsável dentro da OAB SP pela seleção de perguntas que constam da prova da primeira fase com 100 questões.

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