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Cenário - 26.7.19

FSB Inteligência

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Atualizado às 08:52

Sinalização importante

O Tesouro Nacional divulga hoje o balanço fiscal do primeiro semestre de 2019.

Os indicadores - e principalmente a interpretação deles - servem de referência para o mercado estimar a capacidade de o governo atingir a meta de déficit primário de R$ 139 bilhões estabelecida para o ano.

A frustração com o desempenho das receitas (que até foram recordes no semestre) já levou a equipe econômica a promover bloqueios orçamentários da ordem de R$ 32 bilhões, reduzindo quase a zero a capacidade de investimento público no ano.

Os dados devem deixar mais claro qual o tamanho da dependência de receitas extraordinárias e o que Tesouro Nacional terá pela frente. O número mágico a ser observado é o desempenho nos últimos 12 meses.

Em maio, o déficit primário apontava para cerca de R$ 125 bilhões.

Saldo abaixo da meta e preocupante porque é no primeiro semestre que o caixa oficial ganha reforços com o pagamento de dividendos das estatais.

No segundo semestre, um agravante extra: as despesas sobem.

FGTS 1

Como fica a construção

A construção civil pode estar iniciando um período de retomada. Não por acaso o Planalto e a equipe econômica preservaram os recursos do FGTS que financiam programas habitacionais.

A Abecip, associação das entidades de crédito imobiliário, revisou para cima suas estimativas, elevando a projeção de expansão do financiamento total de 7% para 13%, com o crédito imobiliário chegando a R$ 132 bilhões.

A previsão de crescimento dos empréstimos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo passou de 20% para 31%.

Para a parcela com recursos do FGTS, a expectativa era de encolhimento de 5% e houve ligeira melhora. A projeção agora é de redução de 4%.

FGTS 2

Mais variáveis

O crédito imobiliário total avançou 1% no primeiro semestre de 2019. Já os financiamentos com recursos da poupança subiram 33%, para R$ 33,7 bilhões. Nos que usam o FGTS, houve recuo de 23%, para R$ 26,9 bilhões.

O financiamento para aquisição de imóveis avançou 26% no primeiro semestre e revela que o crédito para imóveis usados subiu 67%, enquanto para unidades novas caiu 6%.

A Abecip avalia que esse movimento mostra a necessidade de investimento em novos projetos (veja outros detalhes).

FGTS 3

Contexto

Em 2013, as empresas de construção realizaram incorporações, obras e/ou serviços no valor corrente de R$ 357,7 bilhões, registrando, em termos reais, expansão de 3,7% na comparação com o ano anterior.

O dado anual mais recente, de 2017, revela que o setor gerou R$ 280 bilhões em valor de incorporações, obras e serviços - recuo em relação aos R$ 318 bilhões registrados em 2016, segundo o IBGE.

A redução da atividade se refletiu no mercado de trabalho.

Desde o período pré-crise, em 2013, o setor da construção civil já perdeu mais de 800 mil postos de trabalho formais, considerando dados do Caged até maio de 2019.

Ao fim de 2018, a soma das receitas das empresas do ramo de construção era de aproximadamente metade da registrada antes da crise: R$ 30 trilhões, em 2013, contra R$ 15 trilhões no ano passado.

BNDES

Fazendo as contas

Os desembolsos do BNDES totalizaram R$ 25 bilhões no primeiro semestre - queda de 9% em relação ao mesmo período de 2018.

A redução está em linha com a nova política do governo de reduzir a participação do banco de fomento no mercado de crédito.

As aprovações de novos financiamentos entre janeiro e junho tiveram redução de 39% em relação ao mesmo período de 2018, atingindo R$ 18,7 bilhões (íntegra do balanço).

Trabalho

Ritmo do emprego

A economia brasileira abriu 408,5 mil empregos formais no primeiro semestre deste ano. É o melhor resultado captado pelo Caged desde 2014 (saiba mais).

No mesmo período do ano passado foram abertas 392.461 vagas com carteira assinada.

Os números oficiais mostram que, em junho deste ano, a criação de empregos formais somou 48,4 mil vagas, melhor desempenho para o mês desde 2013.

No primeiro semestre deste ano, houve abertura de postos formais em sete dos oito setores da economia.

Serviços (272,7 mil) e agropecuária (75,3 mil) tiveram o melhor desempenho. Apenas o comércio (- 88,7 mil) apresentou mais desligamentos do que contratações nos seis primeiros meses do ano.

A região Nordeste é a única em que o desemprego segue crescendo, segundo o Caged: cerca de 35 mil postos formais fechados no semestre.

BRICS

Preparativos

Os chanceleres de Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul fazem reuniões hoje para preparar os temas que serão debatidos na Cúpula dos Brics, prevista para 13 e 14 de novembro.

A presidência pro tempore do grupo está mãos da África do Sul.

Os assuntos do momento são comércio e crescimento econômico.

AGENDA

Planalto - O presidente Jair Bolsonaro visita hoje à tarde o Comando de Operações Especiais, em Goiânia/GO.

Conjuntura 1 - O Banco Central divulga hoje, às 10h30, as estatísticas monetárias e de crédito.

Conjuntura 2 - A FGV divulga hoje o Índice Nacional de Custo da Construção de julho.

EDUCAÇÃO

Refugiados - O International Institute for Humanitarian Law abre vagas para curso sobre refugiados e Direito na Itália (veja).

SABER

Viagem cultural - Faça um tour virtual pela Casa Branca.

SUSTENTÁVEL

Povos - Livro mostra o risco de extermínio de índios isolados da Amazônia.

TECH

Comunicação - Um ranking da internet móvel no país.

BEM-ESTAR

Saúde - Estudo mostra que mais da metade da população brasileira está acima do peso.