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Drogas! Prazer e morte

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Atualizado em 18 de novembro de 2014 13:11




Editora:
Atlas
Autor: Aristeu de Oliveira
Páginas: 149



Não se trata de um livro jurídico, objeto específico de nossa seção. O tema, contudo, interessa por afinidade a muitas áreas do Direito, surgindo como conhecimento interdisciplinar útil ao magistrado, ao advogado, ao conciliador. É, sobretudo, um problema grave que assola a sociedade, o que por si só, já o coloca como potencial matéria-prima do jurista.

Em primeiro lugar, é importante destacar a ineficácia de muitas políticas públicas de combate e prevenção ao uso de drogas; sejam ou não religiosos, especialistas reconhecem o trabalho desenvolvido por igrejas cristãs, em boa parte evangélicas, nos moldes do AAA norte-americano, como o método de mais resultados.

Sim, a obra é escrita por um presbítero - autoridade religiosa da igreja Presbiteriana - que há mais de 20 anos trabalha com grupos de ajuda para familiares e dependentes de álcool e drogas; há, ao longo do texto, excertos religiosos, citações da Bíblia e indicação de soluções eclesiais para o encaminhamento do problema. Ao final, há também longa narrativa da origem dos trabalhos de recuperação de dependentes na igreja Presbiteriana, bem como dos projetos concretos desenvolvidos em fazendas e na "cracolândia", na capital paulista.

Ainda assim, o roteiro singelo desenvolvido trata o tema de maneira útil ao profissional do Direito: principais drogas e seus efeitos (um longo e detalhado rol, incluídas as "drogas lícitas", álcool e tabaco); momentos em que o jovem está mais propício ao vício, primeiras reações aconselhadas aos familiares.

De fato, a idade mais comum para o ingresso no vício é a adolescência, momento vulnerável em que o ser humano revisa os valores familiares e busca construir as suas próprias referências, lançando-se a experimentações e novidades. Reside aí o perigo dos "amigos" que forçam o consumo entre o grupo que frequentam, meio mais fácil para a formação de uma clientela. Sim, pois conforme observado pelo autor, muitos dos problemas começam com a transformação do usuário em traficante como meio para sustentar seu próprio vício, raciocínio que remete de volta à importância do investimento na cura do viciado, evitando a multiplicação dos problemas.

O texto é muito simples; a complexidade do tema e a experiência do autor, contudo, traçam sua relevância.

Sobre o autor :

Aristeu de Oliveira é pós-graduado em Administração de Empresas; especialista em Recursos Humanos; é diretor presidente da empresa de consultoria que há mais de 40 anos realiza o treinamento de RH na Editora Atlas. É membro do Conselho Superior da Faculdade de Teologia da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil.

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Ganhador :

Edmar Alves, advogado em Fortaleza/CE