Fundo - Campanhas eleitorais

27/8/2017
José Renato Almeida

"As quadrilhas político-partidárias estão unidas para aprovar fundo bilionário para custear campanhas eleitorais e ressuscitar as 'doações' de empresas. Estão acostumadas com os gastos milionários para marqueteiros, filmes, efeitos especiais, programas, showmícios, carreatas, jatinhos à disposição, caravanas, mordomias e as 'sobras de campanha'. Ah, as intermináveis 'sobras de campanhas'! Enfim, tudo o que engane a população quanto as verdadeiras intenções do candidato-criminoso. São peças publicitárias de venda cheias de blá blá blá vazio, frases de efeito, belas imagens, emocionantes depoimentos 'espontâneos', abraços e sorrisos do povo, criando uma falsa realidade para fazer os eleitores esquecerem a cruel realidade que os canalhas eleitos e seus comparsas implantaram no país: corrupção, violência, impunidade, sofrimento, desemprego, pobreza, desesperança. Os valores usados nas campanhas políticas de 2006 a 2016 chegaram a mais de R$ 30 bilhões! Parece muito? Basta somar os bilhões de propinas já apuradas pelas equipes de investigação da Polícia Federal e Ministério Público Federal por conta das JBS, Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, UTC, Engevix, Alstom, bancos... E ainda há muitos valores a apurar. Gilmar Mendes, ministro do STF e presidente do TSE, declarou que R$ 3,6 bilhões para o Fundão é pouco para custear as campanhas! Ele sabe do que está falando. Qualquer valor do Fundão e de outros obtidos através de vários 'artifícios' para custear campanhas - sempre pagos pela população -, será menor do que os R$ 6 bilhões por pleito, em média, usados nos últimos 10 anos, pelos bandidos do Executivo, Legislativo e Judiciário. As campanhas precisam voltar a ser feitas com discursos de convencimento, apresentação dos programas partidário-ideológicos e realizações nos mandatos anteriores. Tudo sob fiscalização efetiva dos TSE, TRE's, MP's, etc. Nos pleitos passados não havia possibilidade de garantir a votação. Não era possível auditar o sistema. Colocando-se acima de qualquer suspeita os servidores públicos do TSE vêm alardeando como camelôs: la garantia soi jo! Com o uso do voto impresso em 2018 os cidadãos eleitores esclarecidos poderão ter, finalmente, confiança no Sistema Eleitoral. Adiar a implantação do voto impresso é dar aos bandidos chances de serem eleitos e impedir a renovação dos políticos construtores da cleptocracia no país. A leniência e a corrupção de servidores públicos de órgãos de fiscalização por longos anos, foram as causas dos males ora expostos em todos os meios de comunicação."

Envie sua Migalha