Artigo - A deformação jurídica e moral da CLT

12/9/2017
George Marum Ferreira

"É perigosa a vinculação que o articulista faz, sem ressalvas, entre o exercício da atividade empreendedora aos desvios que se tem verificado, historicamente, no curso da história política e econômica do país (Migalhas 4.193 - 12/9/17 - "CLT" - clique aqui). Da mesma forma como existem empresários que buscam o favor do Poder Público para escapar à concorrência e, assim, obterem vantagens desleais, também existem setores corporativistas de sindicatos e trabalhadores que se apropriaram de parte do Estado para defesa de seus interesses próprios como se fossem de toda a sociedade. Se queremos um capitalismo decente, distributivo, competitivo e moderno, com certeza não o alcançaremos com práticas patrimonialistas que permeiam parte da cultura empresarial no país. Esse raciocínio também é válido no tocante à prolixa legislação trabalhista brasileira. Tratar o empreendedor como um mostro, com apetite voraz em explorar a mão de obra, parece um ponto de vista que permanece no século 19, preso a antigos paradigmas. Existem maus empregadores? Obviamente que sim. Mas existem também maus trabalhadores e interesses corporativistas que desejam a manutenção do excesso de intervenção do Estado nas relações de trabalho."

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