Exposição

19/9/2017
José Renato Almeida

"A resposta do banco Santander, aos protestos que levaram a suspensão da mostra em Porto Alegre, veio em comunicado importante à família Santander, assinado por Sérgio Rial. No texto aparecem as principais regras do filósofo marxista italiano Antonio Gramsci: reaja com os mesmos argumentos dos adversários, apodere-se de seus discursos criando confusão na massa, na opinião pública. São as mesmas diretrizes utilizadas pelos grupos que usam das instituições democráticas para obter controle de uma nação e dominá-la, desde os poderes judiciais, legislativos e executivos até as empresas de comunicação. Com presunção e deboche o autor distila seu ódio aos que, usando de suas liberdades de expressão ainda existente, causaram o cancelamento da mostra, ao tempo que usa de cínica desfaçatez em defesa da liberdade de expressão nas artes, na cultura e na educação. Antonio Gramsci insiste em suas orientações que, a tomada do poder só se consolida com a conquista das mentes dos infantes, com a quebra da estrutura familiar, dos seus valores éticos, morais e religiosos. A mostra foi mais uma ação para alcançar esse objetivo. O MP precisa apurar denúncia de que turmas de crianças foram levadas à exposição, pelos que ocupam os lugares dos professores. A nota do Santander conclui com a ideia de que tudo isso já passou, dizendo: 'foquemos no nosso negócio, mas não nos furtemos a reagir, com temperança, quando atacados de forma desonesta'. Ficam as perguntas: É honesto inserir em uma mostra de arte propaganda partidária-ideológica como se arte fosse? É honesto submeter crianças a assistirem pornografia, zoofilia, sevícia de um negro por dois brancos, desrespeito e agressões a símbolos religiosos?"

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