Intervenção militar

23/10/2017
José Renato Almeida

"O ministro da Defesa Raul Jungmann endossa, de modo cruzado, o discurso do general Mourão: a intervenção militar ocorrerá caso as instituições não consigam barrar o avanço das organizações criminosas, que se apoderaram da governança do país, ao discursar em evento no dia 22/10 para mostra de fotos, textos e vídeos do período da ditadura militar, dizendo: 'Para que intervenção militar? Para resolver o problema da Previdência? Para resolver o problema democrático, que está resolvido? Para resolver o problema da inflação, que está sendo resolvido? Para resolver o problema do desemprego, que está caindo? Para que intervenção militar, se o Brasil está sendo passado a limpo? Temos a Lava Jato, que está punindo aqueles que são responsáveis pela corrupção'. Nas últimas semanas os ataques à Lava Jato e a defesa da impunidade sistêmica, pela maioria dos políticos e de seus cúmplices-dependente, aumentaram em muito, depois que a maioria do STF (6x5) deu aos senadores e deputados a palavra final às decisões do STF de impor medidas restritivas aos investigados que desfrutam de impunidade parlamentar. E o ministro Alexandre de Moraes tomou para si a intenção de Gilmar Mendes de submeter ao plenário do Supremo a decisão anterior (6x5) pela prisão do réu após condenação em segunda instância. A revisão da prisão após segunda instância ferirá de morte a Lava Jato e anulará todos os avanços já alcançados contra a corrupção e a impunidade. Logo, não serão barrados dos criminosos das áreas privadas nem dos instalados nos poderes da República. (Moraes aparenta querer retribuir gentilezas ao antigo chefe.) "

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