Artigo - Para que servem as palavras? (Em homenagem a Barbosa Moreira, sobre a linguagem dos juristas)

13/11/2017
Eduardo Taveira Pinheiro

"'A concisão é a luxúria de língua' - Fernando Pessoa. Excelente texto da professora Tereza Arruda Alvim (Migalhas 4.233 - 13/11/17 - "Linguagem empolada" - clique aqui). A concisão, a coerência e a clareza são elementos imprescindíveis num texto jurídico. Reza a lenda que Beviláqua quando terminava um trabalho o dava para sua secretária o ler. Se ela o entendesse então o texto estava pronto. 'Pouco direito, muitas palavras', esse era o seu lema. Mas tão pertinente é a atualização do vocabulário utilizado nos textos jurídicos é trazer à baila o fenômeno do neologismo nos textos acadêmicos e na doutrina. Atualmente pululam inúmeras palavras inventadas e que têm suas correspondentes na Língua Portuguesa, tais como 'sancionatório' em vez de 'sancionador' ou 'indenizatório' no lugar de 'indenizador' e por aí vai uma miríade delas. Fica a minha dúvida: as palavras inventadas (neologismo) são para deixar uma ideia mais específica ou é simplesmente um suposto efeito estético e falso domínio da língua culta?"

Envie sua Migalha