Voto

4/6/2018
José Renato Almeida

"Vejo na mídia comentários recorrentes contidos nas frases: 'Só teremos bons políticos se formos bons eleitores'; 'O povo tem o governo que merece'; ou 'a tolice acima brasileiro não sabe votar'. Uma simples levantada de vista vai nos dar a certeza de que não é bem assim, pois mesmo os cidadãos de bem que têm consciência político-social não vão poder escolher os candidatos que gostariam. Candidatos que não estejam envolvidos com as quadrilhas instaladas nos partidos políticos: MDB, PT, PSDB, PP, PR, PTB, DEM e mais duas dezenas. O único partido que não participou da roubalheira criminosa nas últimas décadas é o recém-criado Partido Novo. Por isso mesmo, ainda pode merecer votos de confiança. Já os demais... A opção continua a ser a de votar no candidato menos pior: menos corrupto, menos bandido, menos canalha, menos mentiroso. Quanto aos candidatos à Câmara e ao Senado que tentam a reeleição 45% são investigados pela Lava Jato e similares. E muitos outros suspeitos aguardam ser investigados. O ex-ministro Joaquim Barbosa citou dois políticos que não foram citados no processo do mensalão: Maluf e Bolsonaro. Um já foi condenado, o outro é citado por todos os demais candidatos como radical. Outro comentário equivocado que ocupa a mídia é de que os políticos e a atual governança são incompetentes! Ao contrário, são competentes nos seus principais objetivos: saquear o erário e os recursos naturais da Nação. E isso é comprovado diariamente nas notícias de corrupção e impunidade. Para entender isso, basta o eleitor ir além das notícias emitidas pela grande imprensa amestrada com milionárias propagandas oficiais. Votar nos que já participaram de gestões eivada de crimes, como corrupção, caixa 2, compra de votos, abuso de poder econômico, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, pode não ser uma opção nessas eleições mas sim uma imposição dos partidos políticos já existentes. É isso que se vislumbra no horizonte eleitoral e nos pré-candidatos já apresentados pelos partidos políticos. Mudanças de fato poderão ser obtidas com a atuação efetiva dos órgãos institucionais de fiscalização: TSE, Tribunal de Contas, Ministério Público, Polícia e Receita Federal, Câmaras de Deputados, Senado, Judiciário, OAB, a imprensa livre, cidadãos conscientes. Com a implantação do voto impresso, claro!"

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