Conciliação

16/12/2018
Milton Oliveira

"Você acredita que sou um cidadão cético? Então, encomende uma pesquisa para o Instituto Justiça em Números, com o objetivo de levantar o quanto os alardiados acordos favorecem devedores abastados, estes os verdadeiros devedores privilegiados na realização de acordos judiciais, sem falar no Poder Judiciário que passa a poder liberar seus magistrados para atuarem como professores universitários, palestrantes ou, ainda, como alunos em cursos de pós-graduação stricto sensu (Migalhas 4.503 – 17/12/18 – "Conciliação" – clique aqui). Aproveitando, requeira também um levantamento para apurar o quanto o cidadão comum, que foi vítima do dano reclamado na Justiça civil ou trabalhista, perdeu em seu patrimônio, ou seja, ficou mais pobre do que seria sem o dano objeto do processo judicial e quanto o devedor lucrou, ou seja, aumentou seu patrimônio/ficou mais rico em razão da realização da dita conciliação. Em resumo, o que temos é um Judiciário incompetente e dispendioso, aliviando sua carga natural, para qual foi institucionalmente criado e bancado por impostos escorchantes e vendendo a falsa ideia de que assim todos ganham ao evitar o tempo infindável do trâmite do processo judicial brasileiro, este o verdadeiro carrasco que 'incentiva' o credor a sujeitar-se ao acordo lucrativo para o devedor e, por tabela, o próprio Judiciário."

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