Artigo - As vítimas ocultas de João de Deus

17/12/2018
Milton Córdova Junior

"Do texto, extrai-se o seguinte: 'Assim sendo, a palavra da vítima, guardando coerência com o quadro probatório coletado, ganha relevância exponencial por ser, na maioria dos casos, a única forma de se provar o delito' (Migalhas de peso – 17/12/18 – clique aqui). Vale lembrar que a Santa Inquisição, verdadeira farsa na história da Humanidade, também foi assim: para condenar, bastava a palavra do denunciante. O grande problema, no Judiciário brasileiro, é que por conta desse pretexto ('palavra da vítima ganha relevância') os tribunais brasileiros e varas de 'Justiça' transformaram-se em verdadeiros teatros e circo dos horrores, tamanha é a quantidade de falsas acusações que chegam, de mulheres contra homens, para atender interesses escusos (geralmente questões envolvendo guarda de filhos, vinganças pessoais ou interesses patrimoniais). O mais espantoso é que, uma vez constatada a falsa acusação - ou improcedência desta -, nada, absolutamente nada acontece às caluniadoras, fato que conta inclusive com a inércia do Ministério Público. Ante a leniência do Judiciário e do Parquet, grande parte dessas mulheres repetem as falsas acusações, que prosseguem indefinidamente - e sempre com impunidade. Inclusive essa circunstância - que é de conhecimento geral, mas que por razões desconhecidas todos fingem desconhecer - me foi relatada por um elevado integrante da CPI contra a pedofilia. Assim, o que se vê é a violência estrutural e institucional disseminada no Judiciário contra os homens, configurando-se em gravíssima violação dos direitos humanos, fato que já passou da hora de sofrer interferência do CNJ e do CNMP, para apuração de responsabilidades. Por analogia do triste e recente caso envolvendo o médium João de Deus, esses crimes hediondos - entendo que a omissão do Judiciário e Parquet nesses casos equipara-se a crime, eis que destroem pessoas - só se sustentam em razão do silêncio, no caso graças ao 'segredo de Justiça' (como ninguém apresenta denúncia, 'fica tudo por isso mesmo'). Tenho a impressão que essa reiterada violação dos direitos humanos, perpetrada pelo próprio Judiciário em razão de sua tolerância e omissão já está a merecer uma CPI, bem como a imposição e agravamento de penas às caluniadoras."

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