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Advogado comenta sobre as consequências do divórcio

O advogado Cristiano Marques de Godoy, do escritório Mesquita Pereira, Marcelino, Almeida e Esteves Advogados, comenta sobre o divórcio e os gastos diretos e indiretos da separação.

Da Redação

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Atualizado às 13:52

Divórcio

Advogado comenta sobre as consequências do divórcio

O advogado Cristiano Marques de Godoy, do escritório Mesquita Pereira, Marcelino, Almeida e Esteves Advogados, comenta sobre o divórcio e os gastos diretos e indiretos da separação.

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Divórcio é momento de rever padrão de vida e as finanças

Em 2008, a cada cinco casamentos realizados no Brasil, um era desfeito. Os dados mostram que, naquele ano, foram celebradas 959.901 uniões, enquanto o número de divórcios chegou a 188.090, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Como se pode notar, o divórcio é uma realidade para os casais brasileiros. O problema é que muitos deles não se preparam corretamente nesta fase da vida, principalmente quando o assunto é o dinheiro, talvez por questões emocionais.

De acordo com o advogado do escritório Mesquita Pereira, Marcelino, Almeida e Esteves Advogados, Cristiano Marques de Godoy, no momento do divórcio, muitas pessoas pensam sobre os gastos diretos relacionados a ele, como advogados, custas judiciais, impostos, entre outros.

Porém, ele explica que existem outros fatores indiretos que terão de fazer com que as pessoas "coloquem a mão no bolso" e planejem as finanças.

Padrão de vida

De acordo com a consultora financeira Eliana Bussinger, durante o divórcio, a primeira questão a que a pessoa deve se atentar é o padrão de vida.

"A maioria das pessoas quer fazer uma compensação emocional, então, não quer sair com perdas. Por isso, quer manter os filhos na escola cara, o mesmo carro caro e, quando vão passando os meses, elas começam a se endividar", disse.

É normal, conforme ela explica, que a pessoa tenha de reduzir o estilo de vida. "O primeiro passo é não querer manter o padrão de vida, porque tudo vai virar dois: duas casas, dois condomínios, duas geladeiras etc".

Este momento da vida será muito mais de preservação do que de gasto. Esta não é a hora de tomar grandes decisões de consumo, já que, primeiro, é preciso colocar a cabeça no lugar, entender o que está acontecendo e fazer um check up das finanças. "A grande dica não é só fechar a carteira, mas também não fazer grandes mudanças".

Uma nova casa

Uma outra questão a que a pessoa terá de se atentar é : onde irei morar? Será preciso montar uma nova casa, providenciar mobília nova e, neste caso, é melhor comprar ou alugar?

A resposta de Eliana é alugar. "Porque a pessoa não tem condição emocional e pode comprar algo além de suas posses. Ela não sabe quais são os gastos que realmente vão ficar e é comum ter surpresas no meio do caminho", disse ela, citando como exemplo das surpresas nada agradáveis a suspensão de pagamento de pensão do ex-cônjuge.

Quanto ao lugar onde se vai morar, ele deve ser adequado ao novo padrão de vida. E não tente compensar os filhos mantendo-os no mesmo bairro, na mesma escola, se isso não faz parte da realidade financeira.

"Muitos pais pensam : a criança tem perda, vai perder os amiguinhos da escola, os amiguinhos do bairro, então, dão dinheiro e brinquedo para compensar. É preciso conversar, ela tem de compreender a nova situação", explicou.

Relação bancária

Para quem possui conta conjunta no banco, no divórcio, é preciso rever isso. Pesquise as tarifas para manter uma conta individual em vários bancos.

Neste caso, a pessoa sai prejudicada porque pode ter de recomeçar um relacionamento com a instituição financeira, o que significa não ter acesso às melhores taxas e condições. "Ela terá, por exemplo, de recomeçar o histórico de crédito com o banco", exemplificou Eliana.

Ainda em relação ao aspecto financeiro, ela indica que, durante o divórcio, ambas as partes fiquem de olho nos investimentos. "As pessoas só percebem os bens imobiliários e esquecem dos investimentos. Os ativos financeiros também têm de ser divididos", disse.

Para finalizar, ela afirmou que, se for preciso, é recomendado que a pessoa coloque a mão no bolso para contar com a ajuda de profissionais nesta fase da vida.

"Se for preciso, procure um profissional para ajudar, seja um psicólogo, um terapeuta ou um de finanças. Esse é o tipo de dinheiro que vale a pena gastar para voltar ao equilíbrio. "Cerca de R$ 300 ou R$ 500 por mês em uma consulta é melhor do que se afundar e demorar para se recuperar".

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Fonte :
InfoMoney
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