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XI de Agosto resgata estátua de Álvares de Azevedo da Praça da República em SP e a transporta para o Largo São Francisco

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Da Redação

sexta-feira, 26 de maio de 2006

Atualizado em 25 de maio de 2006 11:10

 

Mais uma estudantada

 

XI de Agosto resgata estátua de Álvares de Azevedo da Praça da República em SP e a transporta para o Largo São Francisco

 

Alegando má conservação da herma do antigo aluno das Arcadas, o poeta Álvares de Azevedo, o Centro Acadêmico XI de Agosto lançou em 2005 a campanha "Volta, Álvares!" para recuperar a estátua que estava chantada na praça da República, no centro de SP, e "devolvê-la" à Faculdade de Direito Largo S. Francisco.

 

A estátua, que teve sua construção subsidiada pelo Centro Acadêmico XI de Agosto no início do século, foi doada pela Faculdade à praça da República em 1907. Foi um presente, assim como outras obras que foram sendo doadas no passar dos anos.

 

Apesar da reclamação dos estudantes de que o busto de Álvares estava maltratado, ele permanecia ali, na praça da República. Permanecia. No trespassar do último dia 20 para o dia 21 de maio, em plena madrugada, durante o que se denominou a "Virada Cultural de SP", os estudantes colocaram um ponto final no imbróglio sobre se a estátua deveria, ou não, ir para o Largo de S. Francisco.

 

Com efeito, em mais uma estudantada, os acadêmicos postaram-se diante da herma de Álvares de Azevedo. Mas não para a tradicional cantoria. Eles queriam levá-lo ao que eles que chamam de berço do poeta, o Largo de S. Francisco. E, de fato, foi o que fizeram.

 

Segundo os alunos foi uma medida histórica e também necessária por causa da má conservação em que a estátua se encontrava.

 

Agora a obra passará por uma restauração, que vai custar em torno de R$ 30 mil reais (Veja logo abaixo a nota do Centro Acadêmico "XI de Agosto" sobre o ocorrido).

 

Mas a história da peça não se restringe apenas a um "passeio" das Arcadas para a praça e da praça para as Arcadas.

 

Detalhes interessantes e curiosos se encontram por trás da obra : um busto em bronze sobre um pedestal de granito lavrado branco e detalhes em bronze, que foi trabalhada pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo - A. Scuotto Fuse e seu autor é Amadeo Zani.

 

A arrecadação de fundos para a obra

 

Com a intenção de se erguer em uma das praças públicas de São Paulo uma homenagem ao poeta Álvares de Azevedo, em 1905 o Centro Acadêmico deliberou a construção da herma, cuja idéia só foi posta em prática a partir de 1906. Em 11 de agosto daquele mesmo ano, a Associação Atlética da Faculdade de Direito disputou um jogo de futebol contra a Associação Atlética do Mackenzie "cujo produto reverteu em favor da construção da herma projetada". Ainda para arrecadar fundos foi realizada uma conferência literária sobre "Mocidade e Poesia" com o Dr. Alfredo Pujol no Salão Steinway. Com o mesmo objetivo, ocorreu, também, outra conferência, mas desta vez sobre "D. Pedro II" com o sr. Conde de Afonso Celso.

 

Ainda para a arrecadação de fundos, o bacharelando Cesar Lacerda de Vergueiro, então vice-presidente do Centro Acadêmico, realizou um baile na Rotisserie Sportman. Um ano depois, a pedra fundamental do monumento foi lançada no dia 31 de julho. Segue-se a ata :

"Ata do lançamento da primeira pedra da herma de Álvares de Azevedo, construída por iniciativa e a expensas do Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito de São Paulo: Aos 31 de julho do ano de 1907, de Nosso Senhor Jesus Cristo, presentes a diretoria do Centro Acadêmico XI de Agosto, representantes Congregação da Faculdade de Direito, representantes da imprensa, convidados e grande número de sócios, foi lançada no centro da praça da República a pedra fundamental da herma de Álvares de Azevedo, poeta acadêmico e paulista. O histórico da construção do referido monumento, a relação dos nomes da atual diretoria e a presente ata serão encerrados numa urna de prata, que será colocada junto à pedra básica, e cuja chave pertencerá ao arquivo do Centro. São Paulo, 31 de julho de 1907.".

O monumento foi inaugurado em 1907. Estavam presentes estudantes de Direito, autoridades, professores, demais pessoas gradas e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Barão do Rio Branco.

 

"Canto Primeiro"

 

A obra permaneceu na Praça da República, provavelmente, até a década de 50, quando, a certa altura, levantou-se a questão sobre a verdadeira identidade do homenageado.

 

Descobriu-se que não se assemelhava a Álvares de Azevedo, mas sim a outro poeta, não menos importante : Fagundes Varela. A suposta gafe fez com que o busto fosse removido para um depósito da Prefeitura até mais ou menos 1981.

 

E lá ficou recluso até o momento em que uma série de vistorias foram feitas nos depósitos para fazer um levantamento das obras de arte "guardadas".

 

O busto, de Álvares de Azevedo ou Fagundes Varela, foi encontrado em Cotia e imediatamente transferido para a praça Fagundes Varela, nas proximidades do Estádio do Pacaembu.

 

Lá repousou por um período de tempo sobre um pedestal baixo de cimento pintado de branco. O antigo pedestal onde estava chantado o busto permanecia ainda na praça da República.

 

Vendo o pedestal vazio, membros da Academia Paulista de Letras solicitaram a volta da escultura para o seu local de origem em 1984, fazendo valer a intenção do Centro Acadêmico XI de agosto em homenagear Álvares de Azevedo.

 

O imortal Lycurgo de Castro Santos Filho, Presidente da Academia, declarou em carta : "Quanto à semelhança, parece que a imagem corresponde à de Fagundes Varela na fase final de sua vida. Todavia, a referia herma foi esculpida com a intenção de representar e rememorar Álvares de Azevedo".

 

"Escutai-me, leitor, a minha história,

E'fantasia sim, porém amei-a.

Sonhei-a em sua palidez marmórea

Como a ninfa que volve-se na areia

Co'os lindos seios nus... Não sonho glória;

Escrevi porque a alma tinha cheia

- Numa insônia que o spleen entristecia -

De vibrações convulsas de ironia!"

 

Trecho de "Canto Primeiro"

 

"Canto Segundo"

 

Mas há mais. A herma do poeta Álvares de Azevedo (ou de Fagundes Varela) nunca esteve nas Arcadas. Os poetas sim, estes sentaram-se nos bancos da academia. Eram, em verdade, cultores e cantores da vida, não do Direito. Mas como o Direito é vida, a Faculdade não se cansa de lembrá-los, com grande júbilo.

 

Álvares de Azevedo viveu seus dias de estudante da Faculdade de Direito na metade do século XIX, e é conhecido como um de seus filhos mais ilustres. A idéia de recuperar o busto, segundo os alunos, só veio à tona por causa da má conservação na Praça da República e de sua lenta degradação.

 

"Dorme! ao colo do amor, pálido amante,

Repousa, sonhador, nos lábios dela!

Qual em seio de mãe, febril infante!

No olhar, nos lábios da infantil donzela

Inebria teu seio palpitante!

O murmúrio do amor em forma bela

Tem doçuras que esmaiam no desejo

Dos sonhos ao vapor, na onda de um beijo!"

 

Trecho de "Canto Segundo"

 

A idéia do Centro Acadêmico foi bem recebida por muitos, mas não foi aceita por outros. O leitor Antonio Claret Maciel Santos, destemido estudante das Arcadas nos anos de chumbo, conhecido como "Paulo Eiró" (nome de outro poeta que passou pelas Arcadas, e precursor do abolicionismo que encontraria em Castro Alves seu ponto máximo), enviou na época, Migalhas 1.219 em 28 de julho de 2005, sua opinião.

"Sr. Diretor - Circula, sob o patrocínio do Centro Acadêmico XI de Agosto, Gestão Escória, e da Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Direito da USP, projeto no sentido de efetuar-se a "volta" ao Largo São Francisco da herma do poeta Álvares de Azevedo que se encontra na Praça da República, na capital paulista. Tal fato é relevante e merece discussão ampla e profunda no seio da comunidade acadêmica e demais entidades culturais. A herma do poeta paulistano, cujo nome encima uma das três portas de acesso ao interior das Arcadas, foi erigida em 1908 na Praça da República por ação do XI de Agosto, então presidido por César Lacerda de Vergueiro, tendo sido inaugurada com a presença do Barão do Rio Branco. A iniciativa ora em curso viola a história da Academia, do XI e da cidade de São Paulo. Inicialmente não se pode afiançar ser a herma representação da figura de Álvares de Azevedo, pois existem estudos que afirmam tratar-se de Fagundes Varela, também poeta acadêmico. Todavia, em que pese essa quase secular dúvida, na verdade a herma jamais esteve no Largo de São Francisco, daí não poder-se falar em "volta". Por derradeiro temos que o Largo e suas cercanias não suportam mais um monumento que mais seria usado como mictório e exposto à sanha de ladrões de bronze, como aqueles lá existentes. Encontra-se o poeta, Álvares ou Fagundes, em meio a flores e muito verde, local aprazível, protegido no horário noturno pelo atual fechamento dos Jardins da Praça. Clamamos que o Instituto Histórico e Geográfico, a Academia Paulista de Letras e o Departamento do Patrimônio Histórico da PMSP, atuais e antigos alunos das Arcadas analisem o projeto e usem de todas as forças para impedir sua nefasta consecução."

Praça da República X Largo São Francisco

 

Veja abaixo o que pensa o Centro Acadêmico "XI de Agosto" sobre a campanha "Volta, Álvares!".

 

 

 

 

 

 

 

A CAMPANHA VOLTA ÁLVARES CHEGA AO FIM.

 

No começo do século XX, a Praça da República era marcada pela intensa atividade dos Estudantes de Direito do Largo de São Francisco, que se utilizavam daquele tradicional espaço para proclamar os seus versos e sua boemia. Para eternizar esta relação, o Centro Acadêmico "XI de Agosto" doou, em 1907, para a Prefeitura de São Paulo, um busto do seu mais querido poeta, Álvares de Azevedo.

 

Em Maio de 2005 os estudantes da Velha Academia iniciaram uma campanha para trazer o busto do poeta, ora depreciado e abandonado pelas autoridades públicas, ao Largo de São Francisco, para ser saldado e brindado pelos novos acadêmicos e imortalizado na memória dos futuros bacharéis.

 

Iniciaram-se, a partir de então, os diálogos institucionais entre o Centro Acadêmico e o D.P.H. (Departamento do Patrimônio Histórico), órgão responsável pela conservação da Estátua e grande empecilho no desdobramento da Campanha. A fim de mobilizar a opinião pública (civil, jornalística e política) e pressionar as autoridades competentes, o XI de Agosto organizou, em novembro do ano passado, a primeira procissão dos estudantes do Largo de São Francisco, batizada de Peruada Noturna, reivindicando a Volta do Poeta às Arcadas.

 

Com o travamento do projeto na esfera administrativa municipal, os alunos resolveram recuperar as antigas estudantadas e trazer o poeta franciscano de volta à sua casa. Na noite do último dia 20, a campanha "Volta, Álvares" escamoteou-se em uma procissão poética dos estudantes das Arcadas, e em meio à declamação de poesias e à libação de vinho, um guindaste removeu a Herma de seu túmulo fúnebre, e preparou o transporte para aquela que é a sua verdadeira morada.

 

A comunidade franciscana manifestou-se de maneira orgulhosa em relação ao heróico ato dos acadêmicos. O clima de festa e de boas vindas ao romântico poeta tomou a Velha Arcada e as festividades culminaram em um grande evento de manifestação pela permanência da estátua e de apoio à atitude dos estudantes, onde o renomado jurista Dalmo de Abreu Dallari, o diretor da faculdade de Direito, Eduardo César Silveira Vitta Marchi, e os acadêmicos, congratularam e brindaram à chegada de um dos mais ilustres filhos do velho convento de São Francisco.

 

Fica a manifestação de apoio do Centro Acadêmico XI de Agosto aos corajosos colegas que mantêm vivo e aceso o espírito de outrora, da Velha e Sempre Nova Academia, e o repúdio às políticas de descaso e de total desprezo a nossa história, a nossa arte e ao nosso patrimônio. Fica também o brinde ao nosso querido colega que foi poeta, sonhou, e amou na vida... e decidiu voltar.

 

Paulo Henrique Rodrigues Pereira e Marcelo Adolfi - Centro Acadêmico "XI de Agosto"

 

"Amo o vento da noite sussurrante
A tremer nos pinheiros
E a cantiga do pobre caminhante
No rancho dos tropeiros;"

 

Trecho de "Na minha terra"

 

 

"De tanta inspiração e tanta vida

Que os nervos convulsivos inflamava

E ardia sem conforto...

O que resta? uma sombra esvaecida,

Um triste que sem mãe agonizava...

Resta um poeta morto!"

 

Trecho de "Um cadáver de poeta"

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O migalheiro Claret manifestou-se novamente ao saber da ação realizada pelo Centro Acadêmico.

"Caríssimo senhor Diretor. Angustiado, com a alma trôpega, tomei conhecimento da ação malévola dos estudantes de Direito do Largo São Francisco, sob o patrocínio do CA XI de Agosto, de algumas inexpressivas personalidades do mundo jurídico e de entidade não representativa das tradições da Academia, transferindo a herma do Poeta Alvares de Azevedo dos jardins da Praça da República para o Largo São Francisco. Na volta do trabalho, passei, ontem, pelo Largo, ainda revoltado. Tive vontade de devolver a herma ao local onde foi colocada em 1908. Confesso que a fisionomia do poeta é outra, seu olhar está direcionado não para as árvores e flores que o circundavam, mas, precisamente, para os excluidos que dormem, amontoados, entre colunatas dos prédios que cercam o Largo. Vencido na luta contra a mudança da herma, rogo, através deste importante veiculo de comunicação, que, ao menos, cerquem o poeta com flores permanentes.

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"Descansem o meu leito solitário

Na floresta dos homens esquecida,

À sombra de uma cruz, e escrevam nelas

- Foi poeta - sonhou - e amou na vida.-"

 

Trecho de "Lembrança de Morrer"

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Álvares de Azevedo

 

Álvares de Azevedo (Manuel Antônio A. de A.), poeta, contista e ensaísta, nasceu em São Paulo em 12 de setembro de 1831, e faleceu o Rio de Janeiro, RJ, em 25 de abril de 1852. Patrono da Cadeira n. 2 da Academia Brasileira de Letras, por escolha de Coelho Neto. Era filho do então estudante de Direito Inácio Manuel Álvares de Azevedo e de Maria Luísa Mota Azevedo, ambos de famílias ilustres. Segundo afirmação de seus biógrafos, teria nascido na sala da biblioteca da Faculdade de Direito de São Paulo; averiguou-se, porém, ter sido na casa do avô materno, Severo Mota. Em 1833, em companhia dos pais, mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 40, ingressou no colégio Stoll, onde consta ter sido excelente aluno. Em 44, retornou a São Paulo em companhia de seu tio. Regressa, novamente ao Rio de Janeiro no ano seguinte, entrando para o internato do Colégio Pedro II.

 

"Poetas! amanhã ao meu cadáver

Minha tripa cortai mais sonorosa!...

Façam dela uma corda e cantem nela

Os amores da vida esperançosa!

Cantem esse verão que me alentava...

O aroma dos currais, o bezerrinho,

As aves que na sombra suspiravam,

E os sapos que cantavam no caminho!"

 

Trecho de "O poeta moribundo"

 

Em 1848 matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, onde foi estudante aplicadíssimo e de cuja intensa vida literária participou ativamente, fundando, inclusive, a Revista Mensal da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano. Entre seus contemporâneos, encontravam-se José Bonifácio (o Moço), Aureliano Lessa e Bernardo Guimarães estes dois últimos suas maiores amizades em São Paulo, com os quais constituiu uma república de estudantes na Chácara dos Ingleses. O meio literário paulistano, impregnado de afetação byroniana, teria favorecido em Álvares de Azevedo componentes de melancolia, sobretudo a previsão da morte, que parece tê-lo acompanhado como demônio familiar. Imitador da escola de Byron, Musset e Heine, tinha sempre à sua cabeceira os poemas desse trio de românticos por excelência, e ainda de Shakespeare, Dante e Goethe. Proferiu as orações fúnebres por ocasião dos enterros de dois companheiros de escola, cujas mortes teriam enchido de presságios o seu espírito. Era de pouca vitalidade e de compleição delicada; o desconforto das "repúblicas" e o esforço intelectual minaram-lhe a saúde. Nas férias de 1851-52 manifestou-se a tuberculose pulmonar, agravada por tumor na fossa ilíaca, ocasionado por uma queda de cavalo, um mês antes. A dolorosa operação a que se submeteu não fez efeito. Faleceu às 17 horas do dia 25 de abril de 1852, domingo da Ressurreição. Como quem anunciasse a própria morte, no mês anterior escrevera a última poesia sob o título "Se eu morresse amanhã", que foi lida, no dia do seu enterro, por Joaquim Manuel de Macedo.

 

"Se eu morresse amanhã, viria ao menos

Fechar meus olhos minha triste irmã;

Minha mãe de saudades morreria

Se eu morresse amanhã!

Quanta glória pressinto em meu futuro!

Que aurora de porvir e que manhã!

Eu perdera chorando essas coroas

Se eu morresse amanhã!"

 

Trecho de "Se eu morresse amanhã"

 

Entre 1848 e 1851, publicou alguns poemas, artigos e discursos. Depois da sua morte surgiram as Poesias (1853 e 1855), a cujas edições sucessivas se foram juntando outros escritos, alguns dos quais publicados antes em separado. As obras completas, como as conhecemos hoje, compreendem: Lira dos vinte anos; Poesias diversas, O poema do frade e O conde Lopo, poemas narrativos; Macário, "tentativa dramática"; A noite na taverna, contos fantásticos; a terceira parte do romance O livro de Fra Gondicário; os estudos críticos sobre Literatura e civilização em Portugal, Lucano, George Sand, Jacques Rolla, além de artigos, discursos e 69 cartas.

 

Preparada para integrar As três liras, projeto de livro conjunto de Álvares de Azevedo, Aureliano Lessa e Bernardo Guimarães, a Lira dos vinte anos é a única obra de Álvares de Azevedo cuja edição foi preparada pelo poeta. Vários poemas foram acrescentados depois da primeira edição (póstuma), à medida que iam sendo descobertos.

 

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