MIGALHAS QUENTES

  1. Home >
  2. Quentes >
  3. Migalhas Quentes >
  4. IAB defende prerrogativas dos advogados em ato de desagravo de Mariz de Oliveira
Prerrogativas

IAB defende prerrogativas dos advogados em ato de desagravo de Mariz de Oliveira

Ato foi em resposta à ofensa de Funaro ao advogado, amplamente divulgada pela mídia.

Da Redação

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Atualizado às 07:48

Durante a manhã desta segunda-feira, 9, a OAB/SP promoveu ato de desagravo em favor de Antônio Cláudio Mariz de Oliveira. Na ocasião, o presidente do IAB - Instituto dos Advogados Brasileiros, Técio Lins e Silva, orador do ato de desagravo, defendeu as prerrogativas da advocacia. "A pretexto de se combater o crime organizado, conversas entre advogados e clientes são grampeadas, infelizmente, em algumas ocasiões, com autorização da Justiça. Se acharmos isso natural, não terá fim."

Durante a sessão, Técio destacou os 50 anos de advocacia de Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, sustentando que ambos pertencem a uma geração que lutou pela democracia e afirmou que "nem durante a ditadura militar, iniciada em 1964, era imaginável busca e apreensão em escritório de advocacia, como hoje se tem visto".

O presidente do IAB criticou, ainda, os abusos do que chamou de "processo penal do espetáculo", que vitimou o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Carlos Cancellier de Olivo, que cometeu suicídio após ser preso pela PF em decorrência de investigação que apura o desvio de recursos destinados à UFSC. O professor foi solto no dia seguinte, por determinação judicial, mas foi afastado da reitoria por suposta obstrução às investigações. Para técio, "não podemos tolerar isso, porque enxovalha o réu."

O caso

O advogado Mariz de Oliveira, que recentemente defendeu o presidente da República, foi acusado por seu ex-cliente e doleiro Lúcio Funaro, a quem defendeu até meados de 2016. Segundo o doleiro, o advogado teria contado a Temer detalhes da delação que Funaro estaria negociando no âmbito da Operação Lava Jato. A ofensa de Funaro ao advogado foi amplamente divulgada pela mídia.

No ato de desagravo, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira criticou duramente o Poder Judiciário, por não impor limites aos abusos cometidos por autoridades e à imprensa, que, segundo ele, não pode atuar sem freios. "O Judiciário não pode permitir isso", afirmou. O presidente da OAB/SP, Marcos da Costa, fechou o ato de desagravo, condenando as "10 medidas contra a corrupção", elaboradas pelo MPF, dentre as quais, a prova plantada e a restrição ao HC.

______________

Patrocínio

Patrocínio Migalhas