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TJ/MG empossa 32 novos juízes

Da Redação

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Atualizado às 09:41


TJ/MG

32 novos juízes

"Houve sacrifício, momentos de tristeza, de medo e desânimo - é claro que existem registros de sofrimento e luta. Porém, ao se atingir o objetivo, tudo fica mais leve e compensador". As palavras do presidente do TJ/MG, desembargador Orlando Adão Carvalho, resumem o sentimento dos novos juízes de direito substitutos, que tomaram posse hoje, 23 de janeiro, em sessão solene da Corte Superior. Foram aprovados 32 candidatos, sendo 14 mulheres e 18 homens.

A cerimônia de posse aconteceu no Palácio da Justiça, com a presença dos 25 desembargadores que compõem a Corte Superior, dos 32 novos juízes e de seus familiares e amigos. Participaram da sessão o advogado-geral do Estado em exercício, Alberto Guimarães Andrade, representando o governador do Estado, Aécio Neves; o procurador de Justiça Elias Paulo Cordeiro, representante do procurador-geral do Estado, Jarbas Soares Júnior; o presidente da OAB, seção de Minas Gerais, Raimundo Cândido Júnior; o defensor público geral do Estado, Leopoldo Portela Júnior; e dois ex-presidentes do TJMG, desembargadores Márcio Aristeu Monteiro de Barros e Sérgio Lellis Santiago.

Após a execução do Hino Nacional Brasileiro, a 2ª colocada no concurso, Cristiane Soares de Brito, leu o termo de compromisso de posse. Depois, a 1ª colocada, Marcela Maria Pereira Amaral, fez um discurso em que agradeceu, em nome dos empossados, o apoio de familiares e amigos, e ressaltou a caminhada marcada por esforço e perseverança que balizou a vida dos novos magistrados.

Escolhas

A estrada para chegar a essa conquista certamente não foi fácil. Os recém-empossados juízes participaram de um rigoroso processo seletivo. Foram 3.531 candidatos inscritos no exame, que teve a primeira etapa realizada em julho. Na última fase da seleção, que consistiu em entrevistas individuais e provas orais, havia 45 candidatos, dos quais 32 foram aprovados.

O novo juiz de direito substituto Rômulo dos Santos Duarte, de 30 anos, aprovado em 29º lugar, estudou durante sete anos com um único objetivo em mente: a magistratura em Minas Gerais. Antes de se tornar juiz, era servidor da Justiça Federal no Espírito Santo, apesar de ser natural de Pará de Minas. "Tentei apenas o TJ de Minas, e nenhum outro, porque é um tribunal muito respeitado em todo o país. Além disso, Minas é meu lugar", conta Rômulo, que tentou o concurso do TJMG em 2006, mas não passou. Em 2007, então, reforçou as horas de estudo. "Eu trabalhava durante o dia e estudava à noite, nos fins de semana, nos feriados, nas férias, sem parar. Não foi fácil. Além da preparação jurídica, é preciso uma boa preparação psicológica para enfrentar a maratona de provas escritas e orais", ensina. "Estou muito animado e encorajado para começar a trabalhar. Este momento é a chegada de um trajeto e também o começo de um novo caminho. É um desafio muito grande, mas sinto-me preparado para a função", diz o juiz, formado pela Universidade de Itaúna.

Foi ao percorrer esse longo caminho que a nova juíza de direito Marcela Amaral, 27 anos, deparou com uma encruzilhada em que muitos bacharéis em direito gostariam de se encontrar. Marcela havia tomado posse no dia 10 de janeiro no cargo de promotora do MP estadual, concurso em que obteve a terceira colocação. Nove dias depois, foi nomeada no TJ/MG, aprovada em 1º lugar. Ela, então, resolveu pedir exoneração no MP para assumir o cargo de juíza de direito, seu objetivo há sete anos.

"Desde o segundo ano de faculdade, eu sonhava com a magistratura. Escolhi essa carreira porque admiro as funções do juiz, principalmente a de resolução de conflitos, da possibilidade de conciliar partes, de atuar na pacificação da realidade social, e não de proclamar vencedores e vencidos", afirma Marcela.

No mesmo tom, o desembargador Orlando Adão Carvalho reforçou para os novos juízes a importância da conciliação para o Poder Judiciário e a população. "Lembramos que a verdadeira paz só pode ser obtida por meio da conciliação, quando as partes, de forma autônoma, como agentes de sua história, chegam a um acordo. Conciliar exige uma aptidão especial do magistrado, envolvendo habilidade com a linguagem e com a postura", disse o presidente do TJ. "Já é consenso que promover o acordo entre as partes em conflito é o grande desafio da Justiça do nosso tempo, além de representar mais agilidade", enfatizou.

Nesta quinta-feira, 24 de janeiro, os novos juízes começam o Curso de Formação Inicial, que termina em maio. Na programação do primeiro dia, estão previstos pronunciamentos do presidente do Tribunal e do desembargador Antônio Hélio Silva, 2º vice-presidente e superintendente da Ejef (Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes), além da palestra inaugural do desembargador José Flávio de Almeida.

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