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Greve

Servidores recusam nova proposta do TJ/SP

Da Redação

sexta-feira, 20 de agosto de 2004

Atualizado às 14:07

 

Servidores recusam nova proposta do TJ-SP

 

O Tribunal de Justiça de São Paulo não conseguiu nesta quinta-feira (19/8) convencer seus funcionários a encerrar a paralisação que já dura quase dois meses. Os servidores, representados por líderes sindicais, recusaram a nova proposta do tribunal.

 

A oferta restabeleceria férias forenses em julho e dezembro e pagaria as licenças-prêmio e os Fatores de Atualização Monetária (FAM) aos servidores que comprovassem necessidade imediata do dinheiro.

 

Dessa forma, o presidente do tribunal, Luis Elias Tâmbara, propôs quitar as FAMs de 11 mil servidores e pagar as férias e as licenças-prêmio de 1.500 servidores em setembro, de outros 1.500 em outubro e de mais 1.500 em novembro.

 

O desembargador afirmou que os pagamentos obedeceriam a ordem de protocolo. A gratificação concedida ao estenotipistas do tribunal seria restabelecida aos escreventes que prestaram esses serviços.

 

Os servidores receberam a proposta com desdém, já que não foi contemplado nenhum reajuste salarial acima dos 15% sobre a gratificação judiciária oferecida pelo TJ, principal reivindicação da categoria. Apurou-se que as ofertas foram consideradas meramente administrativas e apenas demonstrariam a incapacidade do presidente de se empenhar na solução do impasse, na opinião de alguns grevistas.

 

Os diretores das 16 entidades que organizam a greve não participaram da reunião e foram substituídos por lideranças regionais. A presença dos líderes poderia resultar na intimação de despacho proferido contra a greve pela Justiça Federal, a pedido da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil).

 

A ação ajuizada pela OAB-SP pede a volta ao trabalho dos grevistas sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

 

A greve, que começou no dia 29 de junho, atinge cerca de 85% dos funcionários do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, nas comarcas da capital e do interior. Eles reivindicam reajuste de 39,19% do salário-base. A paralisação afetou o andamento de cerca de 12 milhões de processos no Judiciário paulista.