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Carlos Heitor Cony

Escritor torna-se patrono da Livraria Siciliano

Da Redação

sexta-feira, 24 de setembro de 2004

Atualizado às 10:34

 

Carlos Heitor Cony  

 

Escritor torna-se patrono da Livraria Siciliano no Shopping Fashion Mall 

 

  • Data: 24 de setembro
  • Horário: 19h
  • Local: Estrada da Gávea, 899, 2º piso, São Conrado/RJ

 

"Tudo é escrito com tinta invisível no nada, tanto neste mundo como certamente, no outro". Esta será a frase do jornalista, colunista e escritor Carlos Heitor Cony, que constará numa placa que vai homenageá-lo como patrono da Livraria Siciliano no Shopping Fashion Mall. A cerimônia será realizada nesta sexta-feira, às 19h, na loja (Estrada da Gávea, 899, 2º piso - São Conrado-RJ). 

 

Desde a década de 80, a Siciliano escolhe escritores consagrados e personalidades do mundo literário para essa homenagem. Dentre os patronos estão: Zíbia Gasparetto, Ana Maria Machado, José Sarney, Jorge Amado, Rubem Alves, Cora Coralina, Rachel de Queiroz, Luis Fernando Veríssimo, Cesar Romão, Dad Squarisi, Ariano Suassuna, Içami Tiba, Lia Luft, Gilberto Freyre, Zelia Gattai, Ignácio de Loyola Brandão, Vera Lúcia Marinzeck, Moacyr Scliar e Patativa do Assaré. 

 

No caso de Cony, a sua trajetória profissional foi fator fundamental para a escolha como patrono, além da identificação dos frequentadores da loja com o autor. 

 

Nascido no Rio de Janeiro, em 14 de março de 1926, Cony é membro da Academia Brasileira de Letras, autor de catorze romances, sete obras infanto juvenis crônicas, ensaios bibliográficos e reportagens. Teve, também, participação em coletâneas, livros traduzidos para o espanhol e francês e obras adaptadas para o cinema e teatro. O seu mais recente livro é "Quem matou Vargas", lançado pela Editora Planeta.

 

"(...) Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorgeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.

 

Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim, por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima." 

(O suor e a lágrima)