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Cenário - 4.7.18

FSB Inteligência

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Atualizado às 08:36

Um dos mais tradicionais eventos de arrancada para as eleições presidenciais acontece daqui a pouco.

Pré-candidatos e representantes do PIB industrial vão estar juntos, em Brasília, para um debate programático organizado pela Confederação Nacional da Indústria - CNI.

Estarão em foco 11 setores tidos como estratégicos para o país.

Diagnósticos, metas e proposições serão colocados em perspectiva a partir da conjuntura de hoje e da expectativa da indústria para o período 2018-2022.

Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Henrique Meirelles (MDB), Ciro Gomes (PDT) e Álvaro Dias (Podemos) vão opinar, entre outras coisas, sobre como melhorar o ambiente de negócios, estimular a economia e gerar emprego e renda.

Eleições

Pensar, falar e fazer

Cobrados por nem sempre deixar claro o que pretendem por em prática, caso cheguem ao Planalto, os pré-candidatos não terão muitas zonas de escape hoje.

A dinâmica do evento promovido pela CNI é bem direta (veja o vídeo explicativo).

Alianças

O que está em jogo

A corrida por apoios ao centro em torno de Geraldo Alckmin e Ciro Gomes vem, aos poucos, sendo afunilada.

Esse movimento marcará os próximos dois meses.

Os possíveis aliados fazem as contas e consideram, além da viabilidade eleitoral instalada, o potencial de crescimento das duas candidaturas até meados de agosto.

Privatizações

Ecos da conjuntura brasileira

A decisão do ministro do STF Ricardo Lewandowski de proibir a privatização de estatais sem aval do Congresso impacata as ações e os próximos passos de investidores interessados em negócios com a Petrobras.

Antes de tomar alguma decisão, esticaram os prazos de observação sobre os movimentos na estatal para 2019.

O sinal da Câmara emitido ontem, no entanto, tende a ser favorável aos projetos de rearranjo estratégico das estatais.

A aprovação do requerimento que acelera o PL facilitando a privatização da Eletrobrás e o projeto na CCJ que veta o poder de ministros do STF de suspender leis de forma individual indicam uma tendência favorável dos parlamentares à política de venda de ativos das empresas estatais.

Comércio exterior

O ritmo da balança

Estudo do Ministério de Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) mostra que houve queda de 30% nas vendas em exportações durante os meses de maio e junho.

A balança comercial fechou o semestre com um superávit de US$ 30 bilhões, valor menor em US$ 6 bilhões do apurado em 2017.

Agenda

Indústria - O IBGE divulga hoje a Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física - Brasil referente a maio.

Frete - A MP que define valores mínimos para o frete rodoviário pode ser votada hoje, a partir das 14h, na Comissão Mista e pode ser encaminhada para votação imediata ao Plenário.

Fronteira - Os ministros das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, e dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, viajam hoje para os Estados Unidos para buscar, junto às autoridades americanas, uma solução para o impasse que envolve filhos de brasileiros separados dos pais identificados como imigrantes ilegais.

Nos jornais

Condenação - Eike Batista foi condenado a 30 anos de reclusão na ação penal em que é acusado de ter pago propina ao ex-governador Sérgio Cabral (MDB). É a primeira sentença criminal contra o empresário, culpado pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. (todos os veículos)

Propaganda paga - Vetar propagandas eleitorais pagas na internet é um equívoco, dizem especialistas. A reforma política aprovada pelo Congresso manteve uma norma de 2009 que proíbe a veiculação de qualquer tipo de anúncio eleitoral pago na internet. (Folha de S.Paulo)

Legado - Em entrevista, o presidente do MDB, Romero Jucá (RR), diz que Henrique Meirelles, pré-candidato do partido ao Planalto, não pode ter vergonha de Michel Temer, e que a pauta da eleição não será o julgamento do presidente, mas sim as ações de seu governo. (Folha de S.Paulo)

Lula 1 - Mesmo com o ex-presidente Lula preso, a cúpula do PT começou a montar a estrutura de campanha do petista ao Planalto e só vai partir para o chamado "plano B" no último minuto. (O Estado de S. Paulo)

Lula 2 - O PT decidiu manter a candidatura do ex-presidente Lula até o dia 15 de agosto, enterrando publicamente, ao menos até lá, as discussões sobre quem disputará pelo partido, de fato, a presidência. (Folha de S.Paulo)

Lula 3 - Lula divulgou ontem uma carta com ataques diretos ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF. No documento, lido pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, Lula diz que não acredita mais na Justiça, que é vítima de "manobras", e reafirma sua candidatura à sucessão presidencial. (Valor Econômico)

Bolsonaro - O deputado Jair Bolsonaro, pré-candidato do PSL à presidência, se reuniu ontem, em São Paulo, com grandes empresários do país numa investida para se apresentar como nome comprometido com o ideário liberal na economia. (O Estado de S. Paulo)

Divisão - A disputa dos presidenciáveis por apoio eleitoral deixou o DEM dividido entre um bloco que defende o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e outro que prega uma aliança com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). (O Estado de S. Paulo)

Alckmin - O pré-candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin, disse ontem que seu vice poderá ser uma indicação de um dos partidos do chamado Centrão, formado por DEM, PRB, PP e Solidariedade. (O Globo)

Marina - O movimento da pré-candidata da Rede Marina Silva, que parece estar pouco disposta a entrar no jogo político de alianças e negociações, afeta a estratégia do partido e dificulta articulações de 15 candidatos a governador pelo país. (O Globo)

Petrobras 1 - Uma série de decisões judiciais complica a trajetória de recuperação da Petrobras. Desde o mês passado, a empresa foi derrotada em uma ação trabalhista de R$ 15 bilhões, perdeu um processo de arbitragem internacional de R$ 2,4 bilhões e está vendo seu programa de venda de ativos definhar. (manchete de O Estado de S. Paulo)

Petrobras 2 - A decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que, na semana passada, proibiu o governo de privatizar estatais sem o aval do Congresso, atingiu os planos da Petrobras. A estatal anunciou ontem a suspensão da venda de quatro refinarias, de uma empresa de fertilizantes e da Transportadora Associada de Gás. (manchete de O Globo)

Funcionalismo - Com a promessa de que vai atacar feudos ineficientes na administração pública e racionalizar a gestão de pessoal, o Ministério do Planejamento publica hoje uma portaria que pode remanejar 1,18 milhão de servidores Federais. (Folha de S.Paulo)

Previdência - O presidente Michel Temer afirmou ontem que qualquer um que venha a sucedê-lo na presidência terá de fazer a reforma da Previdência e disse que foi seu governo que a colocou em discussão. (Folha de S.Paulo)

Crédito privado - A emissão de debêntures incentivadas (livres de imposto) de infraestrutura somam R$ 10,5 bilhões no ano, maior volume desde a realização das primeiras operações, em 2012. (manchete do Valor Econômico)

BNDES - Mesmo sem precisar mais dos recursos para cumprir a chamada "regra de ouro" neste ano, o governo não vai alterar o cronograma acertado com a diretoria do BNDES para que o banco devolva antecipadamente, ainda neste semestre, mais R$ 70 bilhões dos empréstimos que recebeu do Tesouro Nacional. (Valor Econômico)