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Estamos no momento adequado para estruturar planejamentos sucessórios e/ou holdings patrimoniais?

Esse é o momento adequado, haja vista que o atual governo indica diversas mudanças para o cenário tributário e empresarial.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Atualizado às 08:52

Há anos o Brasil vive uma crise financeira, que é decorrente de um Estado que gasta mais do que arrecada e aumenta impostos para manter o seu tamanho, o que acarreta medidas que levam a necessidade de existirem diversos impostos diretos e indiretos.

Somado a esse fato, sem adentrar ao mérito, vivenciamos momentos de muitas mudanças. Isso porque, já foi aprovada a reforma trabalhista, a MP da Liberdade Econômica, aguarda-se a reforma da previdência e, provavelmente, entrará em pauta a reforma a tributária.

Sobre a reforma tributária, ela virá para simplificar o nosso regime tributário ou encontrar meios de onerar mais o contribuinte, pois diminuir o tamanho do Estado é a única medida que não acontecerá, infelizmente.

Entre os pontos de uma futura reforma tributária, provavelmente, teremos a discussão da tributação das distribuições de dividendos, lucros, o aumento do ITCMD e a cobrança de impostos sobre a incorporação de bens imóveis nas sociedades.

Em relação a cobrança de imposto sobre o lucro, sabe-se que essa medida será um desincentivo ao empreendedorismo e ao investimento estrangeiro. Isso porque, estudos comprovam, empiricamente, que o aumento de custos transacionais e impostos afastam o interesse de investidores, sejam eles nacionais ou estrangeiros. Além disso, tais atos trazem apenas uma consequência, o desinteresse à constituição de novos investimentos, criação de empresas, e, portanto, a diminuição da produção de riquezas ao mercado.

Sobre o ITCMD, sabe-se que o Brasil, em comparação com restante do mundo, tem um dos impostos mais baratos. As taxas de ITCMD variam de 1% a 8%, quando no mundo giram entre 25% a 50%.  Além disso, é de conhecimento de todos que a incorporação de bens imóveis em sociedades empresárias, holdings, em regra, ainda não tem a necessidade de pagamento de ITBI.

Assim, o ponto de reflexão é: Como estamos vivendo diversas mudanças, será que esse não é o momento adequado para pensar em estratégias de constituição de holdings familiares e planejamentos sucessórios? A resposta é afirmativa, sim esse é o momento adequado, haja vista que o atual governo indica diversas mudanças para o cenário tributário e empresarial.

Dessa forma, organizar e executar projetos de sucessão, incorporações societárias e holdings familiares com as atuais regras, com certeza, é uma medida correta, eis que as regras são benéficas.

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*Renan Boccacio é advogado, sócio do BoccacioMoreno Advogados.

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