Educação 25/1/2010 Olavo Príncipe Credidio – OAB/SP 56.299 "Sr. diretor. São Paulo admite ter de usar professor reprovado em exame. Eis aí a atenção que se dão aos professores e pior, aos alunos... No meu tempo, 1960, havia três faculdades em São Paulo para formar professores: USP, PUC e Mackenzie. Hoje, quantas há? Mas também os professores eram valorizados. Ganhávamos quase tanto quanto os juízes, hoje o salário é 'peu', como dizem os franceses. O resultado aí está. Havia, sem dúvida, intenção da direita de desvalorizar o ensino,pois,para eles só existe a intenção da mão de obra e barata.De início, suprimiram matérias que faziam pensar; filosofia, latim e grego clássico. Veio a 'pseuda' democracia substituindo-os: o que fizeram? Nada, absolutamente nada! Já Jarbas Passarinho havia permitido dezenas, senão centenas de colégios particulares e faculdades. Hoje há uma em cada esquina, e há até as que dão diplomas pelos correios, que só se importam com os ganhos. Quando estava na PUC, apareceu uma tal de CAEC, que dava diplomas de todas as matérias para lecionarem em colégios e faculdades particulares, para os cursos comerciais:uma vergonha! Conseguimos (eu fiz parte do grupo) extingui-la, mas há muitos que aí estão formados por ela em poucos meses. O Estado admite usar professores reprovados em exames. O que se espera do futuro? Por que ele não cria meios de professores viverem com dignidade, dando-lhes salários compatíveis e admitindo-os só por concursos públicos? Valorizando a carreira muitos optarão por ela. Atenciosamente," Envie sua Migalha