Programa Nacional de Direitos Humanos

25/1/2010
Alexandre de Macedo Marques

"O Migalhas desperdiçou seu sacríssimo espaço transcrevendo a opinião do colunista Luís Fernando Veríssimo sobre o nefando Programa Nacional de Direitos Humanos. O humorista, em mais uma de suas descabeçadas 'piadas' ideológicas vê finalidades nobilíssimas na excrescência obrada nas hostes dos que insistem em implantar um regime totalitário, um pastiche cubano no país. Nenhuma surpresa para mim. Sempre considerei o LFV um 'idiota savant' do texto. Fora disso seu QI deixa a desejar, limitando-se a assinar os descabelados manifestos de ditos 'intelectuais'. Aliás sempre cultivei a tese que o seu esquerdismo infantil só Freud explica. Tendo um pai com a estatura do Érico Veríssimo  há um Complexo de Édipo não resolvido levando-o a aderir a qualquer coisa que represente figura paterna. A propósito envio excertos do poema 'A caminho com Maiacovsky', que a esquerda intelectual, analfabeta de botequim, andou disseminando por aí como de autoria do escritor e teatrólogo comunista alemão B. Bretch. E, como de hábito, fazendo uma leitura invertida,desonesta  e sacana do texto. O poema (1) é do poeta mineiro Eduardo Alves da Costa, de 1936; e certamente motivado pela opressão da polícia política do regime e matanças do ditador Stalin.

 

(1) 'Os 100 melhores poemas brasileiros do século', editados por José Nêumane Pinto

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Tu sabes,

conheces melhor do que eu

a velha história.

Na primeira noite eles se aproximam

e roubam uma flor.

E não dizemos nada.

 

Na segunda noite, já não se escondem:

pisam as flores,

matam nosso cão,

e não dizemos nada.

 

Até que um dia,

o mais frágil deles

entra sozinho em nossa casa,

rouba-nos a luz e,

conhecendo nosso medo

arranca-nos a voz da garganta.

E já não podemos dizer nada.

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Olho ao redor

e o que vejo

e acabo por repetir,são mentiras.

Mal sabe a criança dizer mãe

e a propaganda lhe destrói a consciência.

A mim quase me arrastam

pela gola do paletó

à porta do templo

e me pedem que aguarde

até que a democracia

se digne a aparecer no balcão.

 

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Vamos ao campo

e não os vemos ao nosso lado,

no plantio.

Mas no tempo da colheita

lá estão

e acabam por nos roubar

até ao último grão de trigo.

 

Dizem-nos que de nós emana o poder

mas sempre o temos contra nós.

Dizem-nos que é preciso

defender nossos lares,

mas se no rebelamos contra a opressão

é sobre nós que marcham os soldados.

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E por temor eu me calo.

Por temor aceito a condição

de falso democrata

e rotulo meus gestos

com a palavra liberdade,

procurando, num sorriso,

esconder a minha dor

diante dos meus superiores.

Mas dentro de mim,

com a potência de um milhão de vozes,

o coração grita -Mentira!

 

Entenderam, panacas comissários do povo, porque somos contra o 'programa' e todas as armações dos 'guerrilheiros' acoitados no Palácio do Planalto?"

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