Reforma Ortográfica

18/2/2010
Conrado de Paulo

"O professor Pasquale Cipro Neto também ficou indignado com o caso de 'pára' (do verbo parar), e de 'para' (preposição). No tópico 'Quase todos os acentos diferenciais foram suprimidos', de sua cartilha 'Professor Pasquale explica a Reforma Ortográfica', ele questiona, indignado: 'os demais acentos diferenciais - quase todos inúteis - foram suprimidos: pêra, pólo/s, pêlo/s, côa/s passaram - ufa!!! - a pêra, polo/s, pelo/s, côa/s. Por que a observação 'quase todos inúteis'? Porque um deles, útil, utilíssimo (o que distinguia a forma verbal 'para' da preposição 'para', também foi eliminado). Lamentavelmente, o acento da forma verbal (escrevia-se 'pára') morreu, o que é simplesmente um absurdo. O que se fará para diferenciar o que se diferenciava pelo acento agudo? Os idealizadores do Acordo dizem que a diferença será percebida pelo contexto. Será? Veja estas frases: Trânsito pesado pára São Paulo e Trânsito pesado para São Paulo; Passeata pára Brasília e Passeata para Brasília. Com a Reforma elas se igualaram na escrita. A percepção da diferença de sentido exigirá a leitura do texto. Pobres jornalistas na hora da redação dos títulos da matérias."

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