Células-tronco 14/3/2005 Dávio Zarzana Jr. "Péssimos e parciais alguns enfoques dados à pesquisa com células-tronco, trazidos ao conhecimento de todos nós pela mídia em geral. O direito constitucional à vida, o mais importante direito consagrado por nosso ordenamento jurídico, é pisoteado ardilosamente, sob o pretexto não demonstrado (diga-se de passagem) de "salvar outras pessoas". É cediço que não existe nenhuma comprovação realmente séria de que as pesquisas com células-tronco embrionárias redundarão em soluções para pacientes com diversas enfermidades, nem mesmo a médio prazo (o que já foi, inclusive, mencionado em reportagens de jornalísticos pátrios). Mas o que choca ainda mais a imensa maioria de migalheiros e de brasileiros (ainda que haja uma onda de covardia que bloqueia as manifestações de justa indignação), é o descaso dos políticos e governantes com a vida intra-uterina, como se "convicções religiosas e morais" fossem algo pejorativo ou ruim para a sociedade, por si mesmas. Ora, há realmente quem procure desacreditar a religião, bem como há os que crêem que toda convicção enaltecedora do direito à vida, em todas as suas fases, a partir do momento da fecundação, até o último suspiro do ser humano, deve ser acolhida e respeitada, independentemente de credo, partido político, ou formação moral e cultural. Embriões humanos já são vida humana, a parte mais básica da qual viemos todos nós, inclusive eu e você, que lê este artigo. Estão institucionalizando o assassinato com o pretexto (nem mesmo comprovado tecnicamente, o que também é irrelevante) de auxiliar pacientes cujo tratamento atual não apresenta resultados (será que esses pacientes aceitam o genocídio proposto? Foi-lhes revelada a verdade nua e crua?). É por essas e outras, que o Brasil, composto por políticos e profissionais de todas as áreas, deve voltar seu coração, novamente, para Deus, sem vergonha de admitir que o país está se destruindo por falta de espiritualidade, e deixemos de lado toda hipocrisia política que extermina sem medir as conseqüências. Que covardia no Congresso! Estamos, enfim, margeando o cúmulo do hedonismo social, onde o ser mais indefeso poderá ser "eliminado", porque, afinal, "ninguém vai ver, mesmo". Em absurdo kafkaniano, matar embriões humanos poderá ser uma coisa corriqueira, sob a névoa de consciências anestesiadas pelo mal. O futuro poderá cobrar um preço caro por essa falta de amor à vida. "Roda mundo, roda gigante...". Ai de nós, se não nos manifestarmos." Envie sua Migalha