Tudo igual

30/5/2011
Aderbal Bacchi Bergo - magistrado aposentado

"Observo o funcionário na Fazenda, desde cedo ligando com o gado, tirando leite das vacas,  tratando dos cavalos, pilotando as máquinas na lavoura. Não precisou de ônibus  / metrô / para chegar ao local de trabalho. Antes, não lera o Estadão, a Folha, o Correio. Na noite anterior, não assistira às notícias na TV, não entrara na Internet, não enviara e nem recebera e-mails. Riu muito com o programa do Ratinho e deitou-se cedo, porque se levanta antes das seis da matina. Demonstra viver tranqüilo, em paz com a natureza que o rodeia, o verde, as flores, os canários, os pintassilgos, as curucacas,  os quero-queros, as galinhas d’angola, os gansos, os cachorros que guardam a sua casa e sua família.  A 'van' passa às sete para levar seus filhos à escola, na cidade,  e retorna às treze. Realiza-se quando recebe a visita de amigo(s) e oferece uma 'latinha'.  Se der tempo para acender a churrasqueira, então é a maior festa do mundo. Carninha, latinha e som na caixa, com música de raiz. A prosa é sobre a última cavalgada, a próxima... e por aí vai.  Se você contar para ele a respeito da corrupção na política, ele ri e sentencia: 'é sempre tudo iguárrr'. 'A felicidade é o desconhecimento da verdade' - Giacomo Leopardi (1798/1837 - poeta e filósofo italiano). Saudações,"

Envie sua Migalha