Crise política

26/7/2005
Armando Rodrigues Silva do Prado

"...o partido reforça-se depurando-se..." trecho de uma carta de Lassale a Marx de 1852. Evidente que o PT não é homogêneo, pelo contrário, há permanente luta de frações, algumas à esquerda, outras à direita, enquanto os dirigentes vacilam do centro para a direita, principalmente, naquilo que é a espinha dorsal do país que é a política econômica. O deputado Zé Dirceu não precisa provar coisa nenhuma, seu passado de coragem e abnegação pelo povo fala por si. Enquanto isso, "os que não estão autorizados pela biografia" insistem em puxar os que têm biografia para o pântano onde "navegam" melhor. Os do pântano estão, principalmente, nos partidos de oposição, mas também dentro do próprio PT, somando à direita, fincando posição com os Palocci da vida. Palocci, trotskista há pouco tempo, "evoluiu" rápido para posições que deixam o velho Delfim parecer socialista fabiano. Aliás, ler a história dos trotskistas, ajuda a entender como hoje transitam bem junto a banqueiros e fascistas. Algo está esquisito no reino de Pindorama, mas não precisamos definir a quadratura do círculo para vermos melhor, basta algumas espiadelas nos interesses contrariados, em órgãos da mídia que estão devendo mundos e fundos, vestais tendo oportunidade de retomar o projeto de poder para 20 anos e, assim, temos alguma luz sobre as esquisitices que acontecem no alto clero. Depurar-se das más companhias ajudará o PT a fortalecer o campo da esquerda, sem os oportunistas que foram subindo no ônibus petista, assim como aconteceu no ônibus peemedebista, no pedetista, etc. Brizola, você está fazendo falta! Desconfiadamente,"

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