E por que não? 4/8/2005 Roberto Muniz "Achei sua linha de pensamento neste texto (Migalhas de peso - "E por que não" - clique aqui) por demais irracional. Então teríamos nós que proibir os filmes que sugiram de estupro, chacinas, assassinatos, etc? Todas são coisas ilícitas que acontecem infelizmente. A música é uma piada, ironizando os motivos para o personagem cometer o tal delito. A arte não faz tarados, vândalos e assassinos. Alguma pessoa desequilibrada talvez possa usar qualquer tipo de obra pra justificar delitos como este. Mas nenhuma expressão artística ainda assim é formadora deste comportamento, ou desequilíbrio. Assim só está se fechando os olhos para os reais problemas e julgando de maneira superficial os possíveis acontecimentos. E o pior limando a expressão cultural do artista. Isto é sim censura. Toda criança ou jovem tem um responsável pela sua educação e criação, cabe a eles julgar se uma música pode ou não ser prejudicial. Eu, caso tivesse um filho com certeza não veria problema. Pelo contrário, seria também uma ótima e bem humorada oportunidade de discutir temas como abuso de crianças, pedir para que cuide da sua relação com pessoas mais velhas, que conte caso aconteça algo estranho, etc. Isto se a criança entender a letra e sua malícia. Até alguns adultos não entendem, acham se tratar de uma história de amor corriqueira. No caso de pais que abusam dos filhos acho que esta censura em nada vai ajudar. Ou as estatísticas de abuso mudarão depois disto? O único resultado disto é a censura, vergonhosa censura. Daqueles que não entendem nada de cultura e querem ser os eternos reis do moralismo. O engraçado é que toda esta discussão esta dando mais fama ao trabalho da banda, fazendo que mais jovens conheçam a "música proibida". Que ótimo marketing. Com certeza os jovens não serão os mesmos cabeças-dura ao ouvir a mesma. É pra isto que serve a arte, pra nos livrar desta paranóia que cobre o mundo por todos os cantos." Envie sua Migalha