Falecimento - Adauto Suannes

"Há pouco, parece que foi ontem, nos despedimos do professor Goffredo, e já naquela ocasião foi um aperto danado encontrar as palavras, que pudessem expressar o sentimento (Migalhas 3.337 - 28/3/14 - "Morre Adauto Suannes" - clique aqui). Agora, nesse 27 de março, volto ao Migalhas para deixar falar o coração, com esses dois vultos o Migalhas foi a ponte, o primeiro, eu só conheci pelos livros, agora, o segundo, a quem nós os migalheiros das antigas (Francimar Torres Maia, Mano Meira, Zé preá e Ontõe Gago), sempre rendemos reverência chamando-o de nosso mestre, nosso guia. Tive o privilégio de conviver com o mestre e amigo, por breves momentos, foi em 2010 nosso encontro no Clube Harmonia, aí na Vila de São Vicente. Chegou com aquela voz tonitruante, e desse lugar nos mudamos para debaixo de uma figueira, onde serviam algum alimento, e quando nos demos conta, já iniciavam os trabalhos de virada das mesas para servir o jantar, depois, não perdemos mais o contato, em nossas correspondências e contatos quase que diários foram sempre renovados os convites, para ele vir 'pagar a visita', aqui no Sul. A proposta era empreender viagem para as Missões Guaranis, e depois, chegar a Fronteira da Paz (Livramento / Rivera), com o sonho sendo adiado, não deu, até que, nessa quinta-feira, 27, um vento na sacada trouxesse com ele a notícia, com a partida para a grande pátria celestial, do nosso mestre Adauto Alonso Cervino Suannes, e quando abri essa migalha, lembrando do mestre Goffredo, foi pensando, que melhor homenagem não há, como tributo de uma vida toda dedicada ao bom trabalho, ao julgamento justo, voltado para os valores humanos, tendo em seu currículo um voto condutor de quem 'absolveu Jesus', e dessa sincronicidade, guiado a sua vocação como juiz criminal, para incluí-lo na restrita lista, dos mais fiéis mandatários das lições - aplicando-as por inteiro em sua vida - do mestre Goffredo. Minha eterna gratidão pelo seu tempo, pela sua amizade, pelos exemplos de pura virtude, pelas lições - nem todas ainda muito bem compreendidas - pela parceria na profissão, pelo fiel cumprimento do mandato outorgado, pelos bons momentos, e que Deus e a Madre Paulina te acolham em bom lugar, muito melhor do que a 'fronteira da paz', do teu catecúmeno."