Ditadura

7/4/2014
Alexandre de Macedo Marques

"Por ocasião dos 50 anos da Revolução de 31 de Março, os auto nominados heróis e mártires da democracia, do amor à liberdade e ao povo, continuam a bradar a medonha, mendaz e pérfida fantasia com que narram os idos de 1964 e anos seguintes. Procuram esconder o verdadeiro papel que desempenhavam como agentes do comunismo internacional com a missão de instalar um regime marxista no país e no continente. Tendo Cuba como base e modelo, a esquerda brasileira e latino-americana a isso estavam dispostas tendo Marx como profeta, Moscou como terra mater e Cuba como mentora . Para termos uma ideia da geopolítica do poder marxista da época, inspiro-me numa matéria de autoria do jornalista Fernão Lara Mesquita. Uma faixa imensa da Europa, num total de 30 países, aí incluindo metade da Alemanha, havia sido anexada pela força militar da Rússia Comunista. Invadidos e dominados esses países, aí se instalava uma República Popular, um regime comunista e um ditador sob as ordens de Moscou. Todos os países que tentaram libertar-se do jugo comunista sofreram invasões e massacres - Hungria em 1956, Checoslováquia em 1968, Polônia em 1980, e outros. Lembro-me que um time de futebol húngaro - o Honved do famoso Puskas - estava fora do país e decidiu não regressar apesar das ordens recebidas das autoridades comunistas. Para se manterem e enviarem alguns recursos a suas famílias, reféns do regime comunista, organizaram uma excursão pelo mundo, incluindo o Brasil. No Pacaembú, recém-entrado na adolescência, presenciei uma das maiores vergonhas que me foi dado presenciar neste país. A imprensa engajada, como a de hoje, dava vasão a insultos como 'vendidos ao capitalismo' e outros do jargão conhecido. O Partidão organizou claques que vaiaram os jogadores húngaros refugiados o tempo todo. Continuando. O bloco comunista no mundo, aliado à Rússia, tinha ainda a China de Mao, o Vietnã, o Camboja, a Coréia do Norte, Cuba. Todos estes países sofreram durante a instalação do regime comunista genocídios ignominiosos. No Camboja, sob a liderança do comunista Pol Pot, entre 1975 e 1979 1/4 da população foi eliminada. Toda essa opressão e crueldade fanaticamente aplaudidas pela esquerda internacional, aí incluída a brasileira. Na África, as tropas de Cuba de Fidel Castro seguia o modelo soviético, dando sustentação militar para a instalação de ditaduras comunistas. Era esse o objetivo dos ditos 'guerrilheiros' José Dirceu, Dilma, Genoino e outros 'heróis'. A reação na América Latina a esses objetivos foi a intervenção das Forças Armadas e a instalação, infelizmente, de ditaduras militares e os excessos que sempre ocorrem em tais desventuras. O saldo no Brasil: a esquerda armada matou 119 pessoas, a maioria vítimas de ações terroristas. Os militares mataram, segundo dados da esquerda, 429 'guerrilheiros'; 362 terroristas pelos dados dos militares. Deploráveis e nefandos episódios de desrespeito aos direitos humanos, chegando à tortura, foram cometidos pelos militares; e, alguns pelos 'heroicos amantes da democracia e da liberdade'. Quantos seriam se os comunistas tivessem sucesso? Pelo histórico das atrocidades cometidas em todos os países dominados pelos comunistas - da Rússia de Stalin aos satélites europeus, da China de Mao ao Camboja do Pol Pot, não teria sido barato. Sem direito a posteriores pensões e indenizações. Infelizmente, parece que a versão vergonhosamente mentirosa, repetida à exaustão nas escolas e nos meios de comunicação, vai ganhando foros de verdade. Com a ajuda de orgãos de comunicação respeitáveis que em nome da sobrevivência dizem hoje que o apoio editorial que deram à reação de Março de 1964 'foi um erro'. Até o revisionismo já está instalado na PTbras, em outros tempos chamada Brasil."

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