Aposentadoria JB

"Escreveu Alphonsus de Guimaraens: Quando Ismália enlouqueceu, Pôs-se na torre a sonhar... Viu uma lua no céu, Viu outra lua no mar. No sonho em que se perdeu, Banhou-se toda em luar... Queria subir ao céu, Queria descer ao mar... E, no desvario seu, Na torre pôs-se a cantar... Estava perto do céu, Estava longe do mar... E como um anjo pendeu, As asas para voar... Queria a lua do céu, Queria a lua do mar... As asas que Deus lhe deu, Ruflaram de par em par... Sua alma subiu ao céu, Seu corpo desceu ao mar... A saída de Joaquim Barbosa do Judiciário brasileiro, que ele engrandeceu com competência e coragem, me leva ao poema acima (Migalhas 3.377 - 29/5/14 - "JB deixará o STF" - clique aqui). Para mim, 'neste país iluminado por Deus, e bonito por natureza', é loucura a prática da honestidade, da competência, da moral ilibada, da isenção, do bom caráter e da honradez, principalmente por parte de quem possua origem sem destaque social ou elitista. A lua no céu significam os sonhos dos melhores resultados, do ideal e do projetado; a lua no mar, a decepção, a frustração e o desencanto. É como se as melhores intenções e os melhores esforços, tantos que são os desatinados, fossem fadados à condenação pelos tolos e incautos, em função ininteligível do comando maior, que não é probo, é egoísta e é mal intencionado. Que o ilustre presidente do Supremo vá, descanse, mas volte um dia, porque a luta há de continuar. E precisaremos dele!"