Aposentadoria JB

30/5/2014
João Celos Neto

"Como toda unanimidade é burra (já registrava Nelson Rodrigues, com quem tive o privilégio de conviver durante anos), envio meu voto de insatisfação com os rasgados elogios de Migalhas hoje ao novo presidente do STF, em quem não reconheço sequer méritos jurídicos para integrar a Corte, somente lá estando por conchavos e troca de favores, conforme tanto se comenta a meia voz. Reconheço e sempre comentei que o ainda ministro JB não tinha o perfil e a tranquilidade exigidos para o alto cargo (jamais deixou de ser um procurador). Quantas vezes seu pavio curto o levou a dizer verdades que deveriam ter permanecido nas conversas em 'off', sobretudo ao substituir Ayres Britto que me surpreendeu com sua fleuma no ano e meio que presidiu o Tribunal. Não é à toa que JB sai sem deixar saudade entre os ex-colegas. Porém os próximos dois anos sob o comando de RL mostrarão o quanto a politização do Supremo pode significar de ruim para a Justiça no Brasil. É esperar pra ver. Um ponto de inflexão, para pior, em relação aos três que o antecederam. É o que penso." 

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