Decifra$

13/8/2015
Lionel Zaclis

"Concordo em tese com as afirmações do dr. Francisco Petros, ressalvada aquela segundo a qual 'O comportamento da classe política e das elites econômicas e sociais do país podem (sic) jogar o Brasil na vala comum das republiquetas latino-americanas' (Decifra$ - 11/8/15 - clique aqui). Ora, se o impeachment, uma vez respeitados rigorosamente os requisitos constitucionais e legais, assim como a renúncia, têm o condão de converter países em 'republiquetas latino-americanas', então já o seríamos, a partir de 1961 ou de 1996, o que, com o devido respeito, considero um absurdo. Portanto, se esse é o preço a pagar, que o paguemos. Ele certamente será bem menor do que a passividade de carneiros esperando Godot, qual Vladimir e Estragon! Os Estados Unidos da América, que não podem ser considerados 'republiqueta' processaram dois presidentes objetivando-lhes o impeachment (Johnson e Clinton, ambos absolvidos). Apesar disso, são hoje a maior potência mundial. Salvo melhor juízo, a questão crucial é a seguinte: como pode alguém governar sem dispor de condições políticas para tanto e sem contar com o mínimo de apoio popular? Teremos que chegar exangues em 2018? E a relação custo/benefício de tentarmos chegar lá desse modo, para nos livrarmos da mácula de 'republiqueta, latino-americana', será positiva ou negativa?"

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