Novo Código de Ética - Tabela de honorários 3/9/2015 Alessandra Oliveira "Quando leio a tabela de honorários da OAB ou leio sobre ela, sempre me pergunto: em que mundo a pessoa que faz esta vive (Migalhas 3.691 - 1º/9/15 - "Tabela de honorários - Infração ética" - clique aqui)? Eu advogo na capital gaúcha e interior, e nunca consegui cobrar de um cliente os valores da tabela. Meus clientes são na maioria pessoas financeiramente bem, da chamada classe média. Eles possuem condições de pagar um advogado, não precisando recorrer à Defensoria Pública, porém não possuem condições de pagar valores elevados de honorários. Em conversas com outros colegas, vários me relatam que não cobram por consulta, ou se cobram, depois abatem este valor nos honorários contratados. Ora, estamos em época em que ganhar R$ 1 mil de honorários de sucumbência é luxo. Em época que estão contratando advogado para fazer audiência de instrução por R$ 50,00! Em que escritórios de advocacia contratam advogado por R$ 1,5 mil como PJ, burlando as normas trabalhistas, e isso a OAB parece não enxergar. Não existe a possibilidade de cobrar R$ 902,40 para uma ação em JEC, ou R$ 564 pela minha hora intelectual. Não que todo o meu esforço na faculdade, em passar no exame de Ordem e tudo mais, não mereça tais valores, mas é questão de bom senso. Cada dia tá mais complicado advogar. O advogado mata um leão por dia e no fim do mês nem sempre consegue pagar suas contas. Feliz daqueles que conseguem crescer e aparecer nesta selva." Envie sua Migalha