Marizalhas

5/11/2018
Antonio Clarét Maciel Santos

"Mariz de Oliveira está a demonstrar profundo conhecimento sobre a história das Arcadas em suas Marizalhas (Marizalhas - 1/11/18 - clique aqui). Na última edição adentrou, mais uma vez,  as velhas Arcadas para encontrar estudantes e professores que ao longo do século XIX participaram ativamente em movimentos tendo como pano de fundo a escravidão. E, como bom causídico e agora estudioso historiador, os encontrou à saciedade, quer a favor da escravidão, quer, principalmente, aqueles que a combatiam. Arrolou como um dos poetas mais fervorosos em favor da libertação dos negros, Paulo Eiró, nascido então na Freguesia de Santo Amaro, cavaleiro de São Paulo. Na verdade Paulo Eiró, que abandonou o curso de Direito por motivo de doença, 10 anos antes da chegada de Castro Alves às Arcadas, já fazia de suas poesias a arma contra a escravidão e a monarquia. E um de seus poemas diz: 'Oh! Morrer pudera, mas em terra livre e soberana, onde o poder do povo emana'. Contudo, quem ficou com a fama de 'poeta abolicionista' foi Castro Alves, título merecido, mas muito posterior ao vate santamarense. Parabéns, Mariz, pelo resgate desse valoroso acadêmico e poeta."

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