Caso do celular

28/11/2006
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Sr. Diretor de Migalhas. Li hoje em Migalhas o caso do Celular, comentado pelo advogado Dr. Eldo Dias de Meira, caso absurdo, injustificável, também vi na Globo, em que dois cidadãos encontram-se presos, sem culpa formada, há um ano, o que nos faz mais uma vez afirmar que a 'Justiça Não Só Tarda, Como Também Falha' (título de nosso livro na praça) e, pior, que os advogados impetraram ‘habeas corpus’ sem sucesso. Para que a figura do 'habeas corpus' então? Para privilegiar clientes ricos; ou políticos de sucesso? É preciso, sem dúvida depurar nossa Justiça, porque ela não satisfaz e olhem, não é porque é mal paga, pois vê-se pelo noticiário que ela é regiamente paga, talvez a mais bem paga da Nação. Antigamente, quando se impetrava um 'habeas corpus' para alguém primário, dificilmente não se conseguia sucesso. Hoje, nem para quem é primário, provavelmente inocente, pois o delito não foi configurado, e vem a figura do Promotor com aquela desculpa ‘data venia’ esfarrapada. Quando afinal poderemos ver que uma autoridade que não cumpra sua missão venha a ser punida? Ninguém está acima das Leis. Chamo a atenção da egrégia OAB para que forme órgãos que se dediquem a examinar essas atitudes e protestem para quem de direito, no momento, na minha opinião para o egrégio CNJ, e o Colendo Congresso Nacional, porque, sem dúvida, as Leis estão sendo desobedecidas. Atenciosamente."

Envie sua Migalha