Artigo - Exame da OAB e empregabilidade

18/12/2006
Eduardo Perazza de Medeiros

"Com relação ao artigo do Dr. Luiz Flávio Gomes, gostaria de fazer um adendo (Migalhas 1.559 – 18/12/06 – "Emprego" – clique aqui). O artigo está brilhantemente escrito e condiz com a realidade que enfrentamos. Cada vez mais o mundo jurídico se confunde com o mundo empresarial, principalmente nas grandes bancas. Em conseqüência, a demanda por estagiários de Direito aumentou nos últimos anos. Porém (ao menos em São Paulo), a ausência de uma política certeira para o estágio faz com que muitos alunos percam aulas, provas, peguem DPs, e, muitas vezes, deixem de estudar, em prol do estágio. É óbvio que, em um mercado muito competitivo, aqueles que antes conseguem ingressar nesse mercado apresentam maior chance de sucesso, pois o quanto antes o aluno ingressa em um bom escritório como estagiário, as chances de efetivação como advogado ao final do quinto ano são maiores. Claro que o estágio profissionalizante é muito bom para a formação dos acadêmicos de Direito, pois lhe fornece noções práticas e novos desafios jurídicos. Porém, quase sempre estão limitados ao nicho de atuação do escritório em que se estagia e limitam o aprendizado, uma vez que muitas vezes impossibilitam o estudo. Vai depender da força de vontade, responsabilidade e comprometimento de cada aluno com o curso de Direito. Acredito que um maior debate sobre o estágio em Direito deveria ser iniciado, pois não é de hoje que vejo muitos colegas estagiando além do período pactuado e perdendo aulas e provas."

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