Violência

10/1/2007
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"A luta contra o terrorismo continua implacável e com sucessos retumbantes. Por um lado, nada de policiar as linhas amarela e vermelha no Rio de Janeiro, nada de impedir o acesso a celulares de parte dos criminosos presos, nada de prevenir rebeliões ou atentados das facções criminosas. Mas, de outro, sucesso absoluto. De fato, na última segunda-feira, dia 8/1, com o país curtindo as férias escolares nas praias superlotadas nas quais falta tudo, e os membros do governo descansando, deixando os Ministérios e até o Poder Central acéfalos, ainda é possível contar com o GATE – Grupo de Ações Táticas Especiais. Em uma passarela que serve de acesso para deficientes físicos na estação do metrô de Vila Matilde, uma sacola com uma cesta de palha; Na avenida 13 de Maio, na Bela Vista, alguém abandonou uma mala com documentos; Na avenida Abraão Ribeiro, na Barra Funda, alguém esqueceu uma caixa de sapatos que continha um tijolo, e uma mala vazia foi abandonada em uma rotatória no cruzamento das ruas Ipanema e Almirante Brasil, no Brás. Em todos os casos o GATE foi acionado e, após aquela ação cinematográfica que imita os filmes norte-americanos de ação, detonou todos os objetos mencionados, um a um. Foram três horas de trabalho árduo, acompanhado pelas câmeras de TV. Mas nem o tijolo, nem o cesto de palha e nem os documentos sobreviveram. Foi tudo pelos ares. Que tal agora, uma ação tática especial contra os criminosos que assustam e agridem a sociedade? E tudo isso nos remete a uma solução para o problema do Rio de Janeiro: abandonar, de quilômetro em quilômetro, nas linhas vermelha e amarela, pacotes, caixas de sapatos, sacos de plástico e malas. E chamar o Grupo de Ações Táticas, cuja presença, espera-se, iniba os criminosos."

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